Militantes da FRELIMO reunidos sexta-feira e sábado últimos, na Escola Central do Partido, na Matola, província de Maputo, consideram que o partido saiu reforçado deste encontro, com a perspectiva de fazer face aos desafios do presente e futuro. Um comunicado de imprensa, lido no final da sessão, refere que a reunião magna foi um momento ímpar de profunda análise do
funcionamento do partido, do nível de preparação e organização das celebrações dos 60 anos da organização, dos preparativos do XII Congresso, bem como da situação política e económica do país.
Em termos produtivos, o Comité Central apreciou e aprovou todos os documentos que estavam agendados para a reunião, nomeadamente, o relatório da Comissão Política, o informe do gabinete central de preparação do XII Congresso, a directiva sobre as eleições internas para os órgãos do partido, o relatório do Comité de Verificação e o plano de actividades e orçamento para 2022.
Igualmente, por ser o partido que suporta o Governo, o CC apreciou e aprovou a informação sobre o balanço do Plano Económico e Social (PES) 2021, assim como o PES e o Orçamento do Estado (OE) para o presente ano.
Ao fim de dois dias de trabalho foram produzidas oito moções de saudação, sendo para o Presidente da Frelimo e da República, Filipe Nyusi; gabinete central de preparação do XII Congresso; Governo; bancada parlamentar do partido na Assembleia da República; militantes e simpatizantes; organizações sociais; povo moçambicano e às Forças de Defesa e Segurança (FDS).
O Comité Central chamou atenção para a necessidades de todos os militantes e simpatizantes manterem-se vigilantes face aos ataques terroristas na região norte, assim como acções da auto-proclamada Junta Militar da Renamo no centro do país, devendo garantir a estabilidade e segurança para permitir o normal funcionamento do Governo e do Estado.
Os militantes e simpatizantes foram ainda apelados para a sua participação activa em todos os processos de preparação do XII Congresso, agendado para Setembro próximo, disseminando mensagens de paz, unidade e desenvolvimento. No quadro das organizações sociais do partido, o CC enalteceu o seu papel na mobilização das bases e disseminação massiva das realizações desta formação política e do Governo, bem como das medidas de prevenção contra a Covid-19.
Na moção às organizações da Juventude Moçambicana (OJM) e da Mulher Moçambicana (OMM) e à Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), o Comité Central exortou os respectivos secretários-gerais a trabalharem com vista ao fortalecimento do partido e garantir a vitória da FRELIMO e todos os seus candidatos nos próximos pleitos eleitorais. “As organizações devem continuar engajadas na mobilização e angariação de membros e na educação cívica e patriótica de todos os moçambicanos para a sua participação activa no projecto de construção e desenvolvimento do país”, exortou o CC.
O Comité Central exortou ainda os deputados da bancada parlamentar da Frelimo, na Assembleia da República, a se engajarem na sua missão de dignos mandatários do povo e a trabalharem em defesa dos princípios e programa do partido, bem como na defesa dos interesses do povo moçambicano.
Em relação à materialização do programa de governação do partido, a V Sessão Ordinária do CC considerou animadores os resultados da implementação do PES e OE no primeiro trimestre de 2022, considerando ser um sinal significativo da retoma do desenvolvimento económico, social e inclusivo, em meio à actual conjuntura.
Por sua vez, na moção às Forças de Defesa e Segurança (FDS), o Comité Central deixou fortes elogios aos homens que lutam pela pátria, combatendo os terroristas no Teatro Operacional Norte, saudando os resultados até agora alcançados na reposição da tranquilidade nas zonas afectadas.
“O CC repudia veementemente os actos macabros e desumanos protagonizados por criminosos que desestabilizam as comunidades, desencorajam o investimento em detrimento do crescimento económico e do bem-estar das famílias moçambicanas”, anotou o órgão.
A V Sessão Ordinária do Comité Central da FRELIMO decorreu sob o lema “60 anos, consolidado a unidade nacional, promovendo a paz e o desenvolvimento” e juntou, na chamada “sala das grandes decisões” do partido no poder, 199 membros dos 202 efectivos, incluindo outros participantes que estavam na qualidade de convidados.
