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PR NA DESPEDIDA A JOÃO PELEMBE: Vamos continuar a combater terrorismo em Cabo Delgado

O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, afirmou, na despedida ao ex-combatente de luta de libertação nacional Major-general na reserva João Facitela Pelembe, que o país vai continuar a combater o terrorismo e os ataques da Junta Militar da Renamo.

Falando ontem no Paços do Município de Maputo, onde o corpo do malogrado foi velado, o Chefe do Estado chamou à consciência solidária dos moçambicanos-a mesma que norteou a luta pela independência – na busca de soluções para o combate a desafios como a Covid-19.

“O Major-general incutiu nos seus colaboradores que, quando um compatriota parte, temos que pegar na sua arma e continuarmos com a luta. Este aprendizado ajuda-nos a afirmar com convicção que vamos continuar a fazer tudo para enfrentare vencer os desafios da actualidade”, disse o Chefe do Estado.

Segundo o mais alto magistrado da nação, a juventude do Major-general Pelembe, como a dos outros seus contemporâneos, foi marcada por muitas dificuldades, como a discriminação racial, problemas no acesso ao emprego, entre outros males característicos do sistema colonial em Moçambique.

A título de exemplo, segundo Nyusi, o Major-general foi expulso de duas empresas sem justa causa, considerando que foram estas injustiças, associadas a relatos que vinham de outros países africanos que na altura já tinham conquistado a sua independência, que contribuíram para o despertar da consciência nacionalista de João Pelembe.

Pelo seu empenho na causa da independência nacional, os seus companheiros de luta elegeram-no membro do Comité Central da Frelimo no II Congresso, realizado em Julho de 1969, em Matchedje, no Niassa.

Para o Presidente da República, a vida de João Pelembe cruza-se com a história de Moçambique, caracterizada por vitórias e sacrifícios, e por desafios de construção e consolidação da paz. 

O Major-general na reserva, que perdeu a vida no domingo, vítima de doença, foi o primeiro governador da província de Inhambane após a proclamação da independência nacional, cargo que viria novamente a assumir na província de Gaza. É autor da obra “Lutei pela pátria, memórias de um combatente da luta de libertação nacional”, lançada em 2012.

A família, que também apresentou a sua mensagem, descreveu a morte de João Pelembe como uma grande perda. O malogrado deixa viúva, Fátima Pelembe (também antiga combatentee vice-ministra dos Combatentes) e três filhos.

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