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UMA DATA NA HISTÓRIA – 11 de Fevereiro de 2020

Marcelino dos Santos (Lumbo, 20 de Maio de 1929) era um político e poeta moçambicano. Foi Membro fundador da Frente de Libertação de Moçambique – *FRELIMO*, onde chegou a Vice-Presidente. 
 
Depois da independência de Moçambique, *Marcelino dos Santos* foi Ministro da Planificação e Desenvolvimento, cargo que deixou em 1977 com a constituição do primeiro parlamento do país (nessa altura designado “Assembleia Popular”), do qual foi presidente até à realização das primeiras eleições multipartidárias, em 1994.
 
*_Com os pseudónimos “Kalungano” e “Lilinho Micaia” tem poemas seus publicados no “Brado Africano” e em duas antologias da Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa._*
 
Com o seu nome oficial, tem um único livro publicado pela Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1987, intitulado “Canto do Amor Natural”.
 
Como ser humano, filho desta pátria amada, não posso ficar alheio ao desaparecimento físico deste ícone, filho desta pérola do Índico.
 
O Camarada *Marcelino dos Santos* é daqueles mocambicanos incontornáveis sempre referimo-nos a história de Moçambique, como ele mesmo dizia – a minha história, confunde-se com a história de Moçambique – É, elegantemente, um herói nacional.
 
No que diz respeito ao sentido de compromisso, patriotismo, esforço e dedicação em processos de pacificação e libertação de Moçambique, as várias viagens estratégicas que levaram Marcelino a sair forçosamente da pátria amada isenta a discussao sobre a sua heroicidade e um filho comprometido com a causa de Moçambique. 
 
Hoje, é daqueles dias que deve ser bipolarmente recordados. Recordar pela tristeza de ver alguém importante para identidade moçambicana, que contribuiu sem medidas e mãos a medir para que nos assumamos como mocambocanos que somos hoje e também com alegria pela pessoa que era e foi o Kalungano, passou, sempre o seu legado a nós jovens e outras gerações que o seguiram.
 
Sentidas condolências aos familiares, a familia *FRELIMO*, amigos e seus seguidores directos na esperança que um dia o velho Marcelino abrirá a porta dos céus para nós como o fez em vida.
 
Até Sempre e que Deus O receba e guarde no melhor dos sítios. 
 
Que a Sua Alma descanse em Paz entre o resplendor da luz perpétua.
 
 
Por: *Mateus Chimundi*
 
 

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