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Nyusi convida “camaradas” a prepararem vitória de 15 de Outubro

“Fomos capazes de ultrapassar adversidades ao longo dos cinco anos de governação. Por isso chegamos ao fim deste ciclo com várias conquistas, como a recuperação da confiança internacional, o que influenciou na retoma de investimentos ao país e na

estabilização dos indicadores macroeconómicos, daí Moçambique ter dado passos para a independência económica, que deve ser uma realidade alcançada”. Esta é a convicção do presidente da Frelimo. Ainda assim, entende Filipe Nyusi, há muito por fazer para se garantir o progresso nacional. Para o efeito, há que continuar a avançar com o mesmo vigor e entrega à causa do país.

Um dos êxitos apontados por Filipe Nyusi na abertura da III sessão ordinária do Comité Central da Frelimo, esta manhã, na Matola, tem que ver com a revisão da Constituição da República, que inclui novos modelos de governação, quer ao nível provincial quer ao nível municipal. Na percepção do presidente da Frelimo, a alteração vai proporcionar muitas vantagens, por exemplo, a não realização de eleições intercalares.

Virando o olhar para o interior do partido, Nyusi disse aos “camaradas” que a Frelimo deve comprometer-se em indicar quadros competentes, idóneos e aceites pelas qualidades que possuem.

E não ficou indiferente aos resultados das últimas eleições. Para Filipe Nyusi, o facto de 83% das autarquias estarem nas mãos da Frelimo quer dizer que o partido continua sendo a preferência da maioria dos moçambicanos.

E porque o Centro e o Norte enfrentam momentos difíceis, Nyusi pediu um minuto de silêncio dedicado às vítimas dos ciclones Idai e Kenneth.

Nisso, reiterou apelou à solidariedade de todos os moçambicanos, pedindo que as autoridades façam as coisas acontecer, porque na Frelimo que o povo deposita esperança.

A Frelimo atravessa um momento desafiante no capítulo financeiro.

A gestão transparente dos escassos recursos e cultura de prestação de contas constituem requisitos importantes para alimentar a boa imagem do partido.

Também nesse capítulo e em geral, a prioridade da Frelimo, na III sessão ordinária do Comité Central, é propor e organizar a vitória nas eleições gerais e legislativas.

Logo, o foco principal nas discussões deverá ter em consideração o alcance dessa pretensão, de modo que fique provado, mais uma vez, que o projecto de libertar a terra e homem continua firme e forte, segundo Nyusi.

Sendo este o último ano do primeiro mandato de Filipe Nyusi, o Comité Central da Frelimo vai apreciar o desempenho do Governo, que, segundo o presidente, no que à paz diz respeito, continua a trabalhar para o desarmamento das forças residuais da Renamo.

“Tem sido um processo lento, sim, mas estamos a avançar com precisão”, afirmou, sublinhando que a descentralização, a desmobilização e a integração são assuntos inseparáveis: “Os guerrilheiros da Renamo devem ser integrados na vida social. Os moçambicanos têm direito de irem às eleições num ambiente de paz”, daí Nyusi ter reiterado ao povo o seu compromisso no fecho deste dossier, que os homens da Renamo precisam sair do mato.

Outro ponto arrolado pelo presidente da Frelimo tem que ver com os ataques em Cabo Delgado, que constituem um atentado à segurança e ordem públicas.

Nyusi pediu que a população se mantenha vigilante, denunciando os malfeitores às autoridades.

Já a terminar o seu discurso, Filipe Nyusi prometeu aos “camaradas” que o futuro é de vitórias porque a Frelimo assenta no amor ao próximo, na disciplina e no entusiasmo de milhões de moçambicanos.

Para o efeito, o presidente da Frelimo apelou aos membros do partido à abertura e franqueza nos debates que ora iniciam, afinal “temos uma missão histórica de tornar a Frelimo de Mondlane vencedora”, afirmou, manifestando o desejo de, quando a III sessão do Comité Central terminar, as diferenças sejam apagadas e que os “camaradas” saiam da Matola de mãos dadas, determinados a vencer o adversário comum: todos os partidos da oposição. Para Nyusi, todos os membros da Frelimo são um só e, em princípio, não há inimigos entre eles. E encerrou, depois de ter tido: “Não podemos permitir que os nossos inimigos de ontem e de hoje usem-noa como descartáveis. Juntos podemos vencer todos os obstáculos. A nossa vitória de 15 de Outubro depende do nosso trabalho, com unidade, paz e desenvolvimento”.

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