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Nyusi diz que guerrilheiros da Renamo querem sair do mato

O processo de desmobilização e reintegração dos guerrilheiros da Renamo é irreversível e deverá ocorrer dentro do espírito dos consensos alcançados no diálogo entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o falecido líder daquele partido.

 

No comício que orientou ontem na cidade da Maxixe, no último dia da visita de trabalho à província de Inhambane, Filipe Nyusi voltou a falar do processo de diálogo, recordando que a suprema preocupação do povo moçambicanos é ver restabelecida uma paz efectiva e definitiva, e consequente desmobilização e reintegração social dos militares da Renamo que ainda se encontram nas bases.

Nyusi revelou que, na sua última deslocação à base de Namadjiua, na Serra da Gorongosa, para o encontro com Afonso Dhlakama, os guerrilheiros que lá se encontravam deram-lhe garantias da sua prontidão de abandonar as matas assim que forem alinhados os procedimentos nesse sentido.

“Eles também querem a paz, querem sair do mato, querem viver livremente”, disse Nyusi.

Afonso Dhlakama morreu devido a complicações de saúde na Serra da Gorongosa, numa altura em que tanto ele como o Presidente moçambicano davam sinais de estar perto de um entendimento para a paz, num compromisso que tanto Nyusi como a Renamo já disseram manter.

Além da descentralização de poder, tema em que as partes já encontraram consensos e têm um documento para revisão da Constituição a ser analisado pela Assembleia da República, as negociações entre a Renamo e o Governo moçambicano têm como segundo ponto a desmilitarização, desmobilização e reintegração do braço armado do partido de oposição.

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