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Chefe de Estado já está a dialogar com a liderança interina da Renamo

O Presidente da República, Filipe Nyusi, iniciou esta segunda-feira uma visita de trabalho à província de Sofala até a próxima quinta-feira. A visita iniciou na cidade da Beira, escalou o distrito de Chemba e hoje vai ser a vez de Marínguè e deverá ir igualmente a Cheringoma e Nhamatanda.

 

Em Chemba a porta de entrada foi o Posto Administrativo de Mulima onde visitou uma feira provincial que expunha as potencialidades económicas de todos os distritos de Sofala, desde a agricultura, pecuária, pesca, agro-processamento, recursos minerais e hidrocarbonetos e turismo. Aliás a população de Chemba, ofereceu ao Presidente 150 cabritos.

Em Mulima, Filipe Nyusi, orientou um comício popular bastante concorrido e a população na sua mensagem justificou a afluência como uma forma de encorajar o presidente a prosseguir com os seus esforços para o alcance da paz efectiva. Aliás, através de cânticos e poesia os populares saudaram Filipe Nyusi por ter ido em diversas ocasiões a Gorongosa para se encontrar com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama.

Em resposta, o Chefe de Estado disse que vai continuar incansavelmente a procurar caminhos para pacificar o país. Filipe Nyusi revelou que já está em contactos permanentes com a nova liderança da Renamo para dar seguimento às negociações para a reintegração e desmobilização dos Homens Armados da Renamo, bem como conduzir a bom termo o Pacote de Descentralização já depositado na Assembleia da República. Na ocasião disse que a caminho de Chemba esteve a falar com a direcção da Bancada Parlamentar da Frelimo para agilizar o processo no parlamento para que o pacote de alterações constitucionais e legislativas necessárias pudesse ocorrer com maior celeridade possível.

A população de Mulima queixou-se ainda sobre a precariedade das estradas na província de Sofala o que traz problemas graves no escoamento da produção como de doentes para hospitais de referência. Elisa Vasco residente naquele posto administrativo disse que mulheres chegam a perder a vida quando têm complicações de parto e porque nas proximidades não há hospital com capacidade para fazer cirurgias têm de ser transferidas para Quelimane, mas não chegam porque as estradas são péssimas.

Em resposta o presidente disse que o Governo está a procura de financiamento para reabilitar a Estrada Nacional Número Um a partir de Maputo, mas com maior incidência na província de Sofala. É que em toda a sua extensão de mais de 500 quilômetros, desde o Rio Save até ao Rio Zambeze a estrada está esburacada, pior no troço entre Inchope a Caia que se caracteriza por enormes buracos e outras partes nem há sinais de ter havido um dia asfalto.

Filipe Nyusi disse ainda que até Agosto do presente ano vai ser lançada a primeira pedra para a construção da Estrada Tica-Búzi no sul da província e falou das obras em curso ao longo da Estrada Nacional Número 6, a principal estrada que liga o Porto da Beira aos países do hinterland. E as outras estradas que também estão em estado precário o Chefe de Estado diz que estão nos planos futuros do Governo.

E para que o governo possa ter maior capacidade de satisfazer as ambições da população o Chefe de Estado apelou ao aumento da produção e produtividade. O governo falou das potencialidades de Sofala como e o caso do Porto e o Corredor da Beira, as potencialidades turísticas, a existência de hidrocarbonetos em Búzi e Marromeu, diversos tipos de recursos minerais como ouro, calcário, pedras preciosas e semi-preciosas, os campos de cana-de-açúcar e as respectivas fábricas em Marromeu, Mafambisse e Chemba, neste último ponto deverá ser inaugurada dentro em breve. As terras erráveis, as áreas de Conservação mundialmente conhecidas como o Parque de Gorongosa a Reserva de Marromeu todas com grande potencial para turismo de safaris. O que falta para Filipe Nyusi é encontrar formas de transformar essas potencialidades em riquezas que sirvam a população de Sofala e de todo o país.

Por isso, o Presidente disse que no encontro que manteve no fim do dia com o Governo provincial ia procurar saber o que está a ser feito ao nível local para aumentar a capacidade de produção e melhorar as condições de vida do povo.

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