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VETERANOS DENUNCIAM INFILTRADOS E PEDEM PURIFICAÇÃO DE FILEIRAS NA FRELIMO

“Camaradas usam da esperteza e não a militância”, disse Fernando Faustino.

A Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional lançou duras críticas ao estágio actual do partido FRELIMO.

 

Veteranos denunciam infiltrados e pedem purificação de fileiras na FRELIMO.

Ao intervir na abertura da reunião do Comité Central da FRELIMO, nesta sexta-feira, 26, a ala mais dura do Partido denunciou oportunismos de alguns “Camaradas” e defendeu a purificação das fileiras.

“Para alguns na FRELIMO, fazer política significa procurar posições ao nível do Governo, Parlamento, assembleias provinciais e favoritismos nos negócios do Estado”, criticou Fernando Faustino, Secretário geral da ACLLIN, acusando o partido de ter perdido a sua identidade no debate de ideias que “tende a regredir”.

O Partido no poder, segundo Faustino,vive grande parte do tempo adormecido, despertando apenas em momentos eleitorais, o que coloca em causa os resultados das próximas eleições, sobretudo no Centro e Norte do país onde, avisa, a oposição, com destaque para a Renamo, parece ganhar terreno.

“Ao longo dos anos nos orgulhávamos em dizer que a FRELIMO é uma máquina, mas hoje esta realidade constitui uma incógnita, sobretudo nas províncias do Centro e Norte do país” avançou, denunciando a existência de “Camaradas” que usam da esperteza e não a militância.

“Os mais espertos assaltaram os órgãos do Partido, infiltrando-se e ocupando os cargos de destaque e por isso, o processo de purificação de fileiras deve ser uma realidade”, concluiu.

Nyusi pede debate franco.

Por seu lado, no seu discurso de abertura da reunião que termina amanhã, o presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, pediu um debate interno franco e aberto, em prol da coesão e fortalecimento do Partido.

Filipe Nyusi apontou a Paz e o custo de vida como objectivos imediatos.

“Vamos nos debruçar sobre grandes questões que preocupam o nosso povo: a Paz e o custo de vida”, disse Nyusi que disse ser o momento de “arquitectar o ‘modus operandi’ do FRELIMO.

Sem avançar detalhes, que ficaram reservados para a reunião que acontece a portas fechadas, o também Presidente de Moçambique desafiou os dirigentes do partido a “ compreender o momento em que a FRELIMO está a governar Moçambique, que ansiedades e prioridades reinam no seio dos moçambicanos”.

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