PR inaugura subestação do Dondo
O ACESSO à energia de qualidade poderá aumentar na província de Sofala, na sequência da implantação da subestação do Dondo e respectiva linha de transporte de 220 kilovolts, que vai de Chibata, Manica, a este ponto,
inauguradas ontem pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
Na ocasião, Nyusi manifestou o desejo de ver novas indústrias a nascer no município do Dondo, mercê da grande disponibilidade de energia eléctrica.
Falando num comício popular que orientou logo após a inauguração destas infra-estruturas, Filipe Nyusi disse estarem criadas as condições para o desenvolvimento da região.
Embora a subestação já existisse, a envergadura das obras realizadas de 2012 a Novembro último é considerada como de construção. A unidade passou de 20 megavolts ampere para 150, o que representa mais do que o dobro das necessidades energéticas da cidade da Beira e distrito do mesmo nome. A capital provincial de Sofala usa no pico 65 MVA e Dondo apenas sete.
Foi olhando para estas condições que Filipe Nyusi disse que os agentes económicos desta região e do país, no geral, devem apostar na criação de indústrias para gerar riqueza, ultrapassado que está o entrave de energia eléctrica.
A exortação do Chefe do Estado foi igualmente para outros cidadãos moçambicanos, para apostarem na instalação de moageiras de modo a processar cereais com vista à alimentação das famílias.
O município de Dondo é já um parque industrial de referência em Sofala, contando com fábricas de cimento e outras unidades, mas mesmo assim a administradora local e a governadora de Sofala, Helena Taipo, garantiram que há terreno e demais condições para outros investimentos.
Filipe Nyusi reconheceu os esforços da Electricidade de Moçambique (EDM), porém disse ser necessário fazer mais, destacando o contínuo alargamento de acesso pela população, a melhoria da qualidade e fiabilidade e aumento da geração interna, desafios aceites por Mateus Magala, presidente do Conselho de Administração da empresa.
O mais alto magistrado da nação exortou a população a ser vigilante contra vandalização e/ou roubo de equipamentos, ligações clandestinas e não pagamento de energia.
A linha de 170 quilómetros de Chibata a Dondo e as obras da subestação custaram cerca de 48 milhões de dólares. O montante alocado pelo Banco Africano de Desenvolvimento e Fundo da OPEP contemplou a melhoria da subestação de Mafambisse e de Lamego.