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“NYUSI, UMA GRANDE INSPIRAÇÃO PARA O CONTINENTE AFRICANO”, AFIRMAM DIPLOMATAS AFRICANOS

EMBAIXADORES africanos acreditados em Havana, Cuba, consideram ser “uma grande inspiração para o continente” ver o dinamismo, responsabilidade e compromisso com que um Presidente jovem está a dirigir Moçambique.

 

Falando no fim-de-semana em Havana, durante uma audiência que o Presidente da República concedeu àqueles diplomatas, no quadro da visita oficial que Filipe Nyusi concluiu este domingo à República de Cuba, o embaixador do Congo Brazzaville, Pascal Onguemby, disse, em nome dos seus pares, que o exemplo de Moçambique mostra que é possível acreditar num futuro melhor para os seus cidadãos, e que África tem condições e capacidade para promover, ela própria, o seu bem-estar.

O diplomata congolês sublinhou que é sintomático que o encontro entre africanos tenha tido lugar em Cuba, em plena América Latina, o que segundo ele espelha o reconhecimento de África ao papel relevante que este país tem jogado no apoio ao continente africano.

“Não deixaria de dizer que esta é a segunda oportunidade de estar assim com um Presidente de Moçambique. A primeira vez foi com Samora Machel. Vendo-lhe esse dinamismo, acreditamos que, afinal, é possível trazer de volta o legado dos grandes líderes que libertaram o continente africano”, disse Onguemby.

Na resposta, e numa mensagem dirigida às lideranças africanas, Filipe Nyusi disse estar na hora de os políticos do continente aprenderem a aceitar, com espírito aberto, os resultados das eleições que se realizam nos seus países. Mais do que isso, segundo o Chefe do Estado moçambicano, África precisa de limpar a má imagem de um continente onde os governos são tendencialmente corruptos e irresponsáveis.

“Viemos dizer ao povo cubano que, embora o ciclo de governação em Moçambique tenha mudado, as relações com a República de Cuba continuam firmes e a serem orientadas para a prosperidade dos dois povos e países”, explicou Nyusi, contextualizando a sua visita a Cuba.

A nova filosofia do seu Governo, segundo afirmou, é transformar as relações diplomáticas estabelecidas com vários países do mundo em projectos concretos de relacionamento económico e comercial, sobretudo na a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O Chefe do Estado também falou dos actuais desafios que se colocam ao país, tendo destacado a estabilidade política como o principal deles, considerando que é a condição base para que outros projectos de desenvolvimento avancem tranquilamente.

Tranquilizou os diplomatas africanos indicando que, apesar dos problemas que o país enfrentou nos últimos tempos, alguns dos quais continuam a fazer eco, “as instituições funcionam normalmente, e todos os poderes instituídos estão em pleno exercício”.

“Moçambique nunca falhou um único ciclo de eleições desde a introdução da democracia multipartidária em 2004”, afirmou.

Nyusi falou também dos esforços visando ao restabelecimento da paz definitiva no país, explicando os contornos dos contactos que tem mantido com o líder da Renamo, na origem do que se explica o entusiasmo com que olha para o futuro do país. (JN)

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