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Nyusi QUER RESERVAS PARA ALIMENTAR O PAÍS

O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafiou o sector da Indústria e Comércio a trabalhar para assegurar reservas alimentares que possam suprir as necessidades do país em períodos de escassez.
 
Filipe Nyusi, que falava ontem, na cidade de Mocuba, província da Zambézia, durante a abertura do I Fórum Nacional de Comercialização Agrícola, disse que o Ministério da Indústria e Comércio e o sector privado devem ser mais arrojados, para criar reserva nacional de alimentos.
 
O Chefe do Estado insurgiu-se contra o actual modelo de comercialização, considerando-o pouco proactivo e que não coloca desafios aos produtores nem satisfaz as expectativas da população. Este modelo, segundo Filipe Nyusi, não tem bases estruturantes que contribuam para uma agricultura à altura das potencialidades agro-ecológicas. Por isso, disse o Presidente, há toda necessidade de remover barreiras para que a agricultura contribua para a auto-suficiência e, consequentemente, reduzir as importações.
 
Nyusi sublinhou que o país definiu a agricultura, agro-processamento e comercialização o epicentro da sua governação, mas precisa fazer mais em termos de políticas para não continuar a reboque dos processos. De acordo o Chefe do Estado, ao reunir na mesma sala os intervenientes da cadeia de produção, nomeadamente, produtores, processadores, comerciantes, consumidores significa reconhecimento do papel de todos na economia nacional.
 
Durante a sua alocução, ele destacou ainda o papel da comercialização na integração de mercados quer ao nível interno, quer ao nível externo e apelou ao sector privado para ser mais ousado na produção para alcançar dois objectivos fundamentais, nomeadamente, garantir a segurança alimentar interna e atingir o mercado externo.
 
Nyusi disse ainda que o executivo que dirige tem a agricultura como um dos sectores que contribui para a diversificação da economia e capaz de criar o bem-estar.
 
O Chefe do Estado afirmou ainda que o mau estado das estradas continua a ser o grande nó de estrangulamento na promoção da comercialização agrícola. Apesar disso, disse que o Governo continua a investir nas infra-estruturas de comunicação para garantir que a produção chegue ao mercado em bom estado e com a qualidade necessária.
 
Entretanto, os desastres naturais como cheias, estiagem e seca reduziram os níveis de comercialização, no ano passado, para 1.7 por cento em relação a 2015. Em termos reais, o volume de comercialização não foi para além 1.7 milhão de toneladas. Esta campanha, segundo Filipe Nyusi, deve constituir uma oportunidade para a viragem em termos do incremento dos níveis de produção e comercialização, focalizando os mercados interno e externo.
 
Entretanto, durante o evento, que tinha em vista a discussão de uma estratégia para melhorar a comercialização, os intervenientes falaram, dentre vários outros pontos, da necessidade do aumento da produção e das exportações, da criação de excedentes para o mercado interno e economia rural.
 
Entretanto, a directora nacional do Comércio Externo, no Ministério da Indústria e Comércio, Zulmira Macamo, disse que para campanha 2016/2017 o país vai comercializar 17 milhões de toneladas de produtores diversos. Deste volume, segundo ela, 3.7 milhões são cereais.
 
Participaram no encontro mais de 400 pessoas, entre produtores, processadores, comerciantes, banca comercial e outros intervenientes.

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