O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse ontem, em Maputo, que o desenvolvimento do país está dependente de uma paz efectiva que proporcione uma livre circulação de pessoas e bens por todo o País.
Filipe Nyusi, que falava no Estádio Nacional do Zimpeto, num evento organizado pela Igreja Velha Apostólica de Moçambique, disse que a instabilidade política só desperdiça as energias que poderiam ser agregadas para a promoção do desenvolvimento.
“Sem a paz não temos concentração que precisamos para, de forma tranquila, centralizarmos os nossos intelectos na produção de comida suficiente e excedentária para a exportação e propiciar a canalização de divisas para o país”, afirmou Nyusi.
Filipe Nyusi acrescentou que o sector da Educação, que é o garante da formação humana, também está a ser afectado por esta instabilidade e exemplo disso é que há crianças excluídas do processo normal de aulas e, por consequência, do processo de exames.
“Isso obriga a um desvio dos escassos recursos financeiros, materiais e humanos para que as crianças não sejam excluídas do processo normal de educação. Estes recursos poderiam ser canalizados para outros sectores para promoverem a melhoria das condições de vida dos moçambicanos, de forma sólida e sustentável”, sublinhou Nyusi, esclarecendo que ninguém se torna herói tentando destruir uma nação e sacrificar um povo.
Segundo o Chefe do Estado, o sector da Saúde também é afectado pelos ataques sistemáticos aos postos e centros de Saúde. “Há cidadãos que neste momento não têm onde recorrer para aceder aos mais elementares cuidados médicos”, lamentou Filipe Nyusi.
“Por isso, apelamos aos promotores da instabilidade para que calem as armas e coloquem a sua inteligência para a produção de riqueza e do desenvolvimento do país”, reiterou o PR.
Minutos antes, o apóstolo da Igreja Velha Apostólica de Moçambique, Jaime Matlombe, exortou aos líderes políticos moçambicanos a encontrar no diálogo a única forma de solucionar qualquer diferença. Segundo disse, é na Igreja onde podem aprofundar os conceitos de amor, de concórdia, de irmandade e de paz.
“É com este propósito que aqui nos reunimos, para agradecer por tudo aquilo que Deus fez por todos os moçambicanos e para a Igreja Velha Apostólica”, referiu o clérigo Matlombe.
