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O CUMPRIMENTO DA AGENDA DE NYUSI É IRREVERSÍVEL

“Quando passamos por momentos difíceis, estamos criando “calos” e força capazes de nos empurrarem para frente, fazendo com que os problemas sejam só uma parte ruim do caminho para o desenvolvimento”.
-William Meller-



Por: Eurico Nelson Mavie 

Segundo Martins (2014) Líder é aquele que comanda o seu time em momentos difíceis. Aí se conhece um verdadeiro líder. Muitas vezes sem a compreensão total de seus liderados, o verdadeiro líder indica o caminho a seguir e motiva com a sua energia e autoridade as pessoas para que caminhem. O verdadeiro líder tem que tomar decisões e atitudes pouco “populares” ou do agrado de seu time. Mas se ela for necessária é aí que se revela o verdadeiro líder. “Liderar na descida é fácil. O difícil é liderar na subida” quando o líder exige o esforço adicional de cada um de seus liderados. Reza a história que quando Bill Clinton assumiu a Presidência dos Estados Unidos, em 1992, encontrou uma taxa de desemprego de 7,5%, alarmante para os padrões americanos. A solução fácil para abrir postos de trabalho, na tradição de seu Partido Democrata, seria aumentar gastos públicos e criar barreiras contra produtos estrangeiros. Clinton resistiu à pressão e entrou para a história como um líder negociador, flexível e inteligente. Quando Margaret Thatcher tornou-se primeira-ministra do Reino Unido em 1979, encontrou desafios igualmente formidáveis. O governo trabalhava com saldo negativo nas contas ano após ano, havia pedido um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional e a inflação registrava 13% ao ano. Ao fazer o ajuste que se propôs, Thatcher enfrentou pressões de empresários, sindicalistas e políticos. Entrou para a história como uma líder transformadora, convicta das grandes reformas que precisava fazer. 
Clinton e Thatcher mostram que há formas diferentes, embora igualmente eficazes, de liderar e gerir momentos de crise. Mostram também que a boa liderança, longe de caber numa fórmula única, pode ser alcançada por meio de diferentes conjuntos de qualidades, desde que preservados os pilares da governança moderna: democracia e responsabilidade fiscal. Entre linhas James Burns (1978), concluiu que há líderes transformadores e negociadores. O primeiro tipo é o melhor para mudar as crenças dos que o cercam e colocar a sociedade inteira num novo curso. O segundo tipo é o indicado para moldar novas relações com os que o cercam, obter mudanças graduais e administrar crises. 
Nyusi é certamente um líder que transcende essas duas dimensões de liderança, com uma visão clara e pragmática dos caminhos que devemos seguir para rapidamente sairmos desta crise que nos assola. Um Presidente que mantem sempre o vigor e fôlego, para enfrentar desafios típicos de momentos conturbados. Avaliar as coisas do lado de cá parece muito fácil, quando queremos ver os nossos direitos salvaguardados, vale tudo. Insuficiências do Governo? Dificuldades? Pressão interna, externa? Inflação? Pressão dos doadores? Estamos nem ai, o importante para nós é ver as nossas reivindicações acauteladas. Pois é, a pressão popular por vezes é agressiva. A governação não é feita apenas por momentos de louros. Triste porque Nyusi logo a partida devia cortar a meta, um tsunami de problemas logo a iniciar o mandato. Hoje a situação atingiu proporções alarmantes, dividas, falência de bancos, pressão popular, inflação acentuada, mas para Nyusi o cumprimento do seu manifesto eleitoral é irreversível. 
Gerir momentos como estes, só mesmo para homens com qualidades como as de Nyusi. O mercado não dá trégua e bate forte. Os investidores cobram por resultados, e fogem nos momentos mais conturbados. A responsabilidade por erros e acertos recaem sempre sobre o líder, mas Nyusi ensina que simplesmente deixar as coisas como estão não vai adiantar nada, e adverti que a calma e a prudência, devem sempre nortear a nossa pretensão de se livrar dessa crise. Só para recordar, os casos da Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) e ProIndicus já fizeram com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) recuasse na intenção de uma visita de avaliação ao país, mas o desdobramento de Nyusi em mandar a sua equipe de trabalho a Washington para prestar esclarecimentos ao FMI e ao Banco Mundial sobre os contornos da divida, reacendeu o nível de confiança perante os doadores, que culminou com a vinda das equipes do FMI ao país para levarem a cabo o seu trabalho. Tudo num espírito de abertura e frontalidade. Com a sua postura de humildade, Nyusi e o seu Governo tem estado a desdobrar-se no sentido de buscar a reestruturação do pagamento da divida, resgatar a confiança dos doadores, por forma a reanimar a nossa economia. Associado a isso, temos o problema do companheiro lá das matas, que agrava ainda mais o funcionamento da economia nacional com os seus ataques. Apesar de todo esse embroglio, o cumprimento integral do seu manifesto eleitoral e’ irreversível. 
Nyusi nós Confiamos em ti.

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