PR RENOVA APELO AO INVESTIMENTO: Apostem na marca Moçambique
A comunidade de investidores deve acreditar na marca Moçambique e apostar nela como destino preferencial dos seus investimentos, fazendo o melhor uso possível das oportunidades únicas que o país oferece.
O apelo é do Presidente da República, Filipe Nyusi, e foi lançado ontem, na abertura da Cimeira de Investimentos da “Financial Times”, realizada ontem na capital do país.
A título ilustrativo o Chefe do Estado destacou que, nos últimos dez anos, foram aprovados em Moçambique projectos de investimento que ultrapassam os 20 biliões de dólares americanos, tendo-se destacado os sectores da agricultura, agro-indústria, recursos minerais, infra-estruturas e turismo.
“Estamos agora focalizados na melhoria da prestação de serviços sociais ao cidadão e na implantação de infra-estruturas sociais e económicas. Queremos utilizar os recursos naturais para gerar riqueza hoje e garantir o futuro das gerações vindouras”, indicou Nyusi.
Aos investidores, o Presidente garante o apoio e acompanhamento necessários na materialização dos seus projectos e facilitação dos processos inerentes.
O evento, que constituiu a cimeira inaugural do jornal britânico Financial Times no continente africano, juntou, além de líderes políticos, actores do sector empresarial nacional e internacional.
A cimeira decorreu sob o lema “Acelerando o crescimento e a estabilidade” e visava debater caminhos para ajudar a acelerar o retorno do país ao crescimento, e diminuir o risco nos negócios em Moçambique.
Foi durante os debates que o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Ari Aisen, considerou que o país está a dar os passos iniciais para tornar a sua dívida sustentável e que a sua instituição espera retomar o apoio em finais de primeiro ou o mais tardar no início do segundo trimestre de 2017.
A fonte disse ser ainda difícil precisar a data exacta para a retomada do apoio, mas garantiu que está em curso um diálogo diário entre a sua instituição e o Governo moçambicano visando a normalização das relações.
Por seu turno, o Ministro das Economia e Finanças, Adriano Maleiane, reconheceu as dificuldades que a economia moçambicana enfrenta, tendo garantido que o governo está a fazer de tudo com vista a recuperar a confiança dos parceiros internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional.
A fonte reconheceu a insustentabilidade do actual nível de dívida externa avaliada em pouco mais de 11 biliões de dólares norte-americanos defendendo, por isso, a sua rápida reestruturação, para permitir que o país continue a cumprir com as suas obrigações.
Referiu que, este ano, o crescimento da economia de Moçambique, deverá se situar em torno dos 3.9 por cento, valor que, segundo Maleiane, pode não ser alcançado caso não se chegue à paz o mais rapidamente possível. No início do ano, o país previa um crescimento anual de sete por cento, tendo sido depois revisto para 4.5 por cento.