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PRIMEIRA-DAMA RECOMENDA: Mais atenção à mulher e rapariga

A primeira-dama, Isaura Nyusi, defende um trabalho conjunto e coordenado de modo a fazer-se face aos desafios assumidos no contexto dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, em especial aos referentes à saúde e direitos

das mulheres, crianças e adolescentes.

Falando ontem em Maputo, na abertura da 19ª Reunião do Conselho Direcção da Parceria Global para a Saúde Materna, Neonatal e Infantil, Isaura Nyusi destacou a atenção que se deve das à mulher, crianças e adolescentes, na provisão de uma educação de qualidade, no acesso a serviços de planeamento familiar, cuidados de saúde e uma alimentação adequada.

“A chave para o sucesso está no trabalho conjunto, de forma coordenada e com uma única agenda”, frisou, anotando, contudo, a necessidade de se alocar mais investimentos com enfoque na rapariga e mulher.

A Primeira-dama falou num painel constituído por membros do Governo, sociedade civil, representantes da Parceria com foco nas raparigas adolescentes, sob o lema “Experiências, Oportunidades e Perspectivas de Moçambique para Acelerar os Resultados da Saúde e Desenvolvimento do Adolescente”, que foi reforçado pelo slogan: “Nada sobre nós, sem nós”.

Na ocasião, a ministra da Saúde, Nazira Abdula apontou alguns avanços na provisão de cuidados de saúde, entre os quais o programa multisectrorial – geração biz – e o Programa Amigos de Adolescentes e Jovens. Este último consiste na promoção de estilos de vida saudável, prevenção, educação e tratamento da doença abrangendo as áreas da saúde sexual e reprodutiva incluindo infecções sexualmente transmissíveis, o HIV/SIDA, o apoio psicossocial, a prevenção positiva. Estes serviços estão sendo oferecidos em 1535 unidades sanitárias.

Contudo, Nazira Abdula reconheceu que as uniões prematuras continuam altas no país havendo estatísticas oficiais (2015) que demonstram o início precoce da actividade sexual.

“Vinte e cinco porcento de adolescentes inicia a actividade sexual antes dos 15 anos. A outra preocupação é que o rácio da mortalidade materna continua elevado e a percentagem de mulheres que morrem é maior nas mulheres jovens. Uma em cada duas mortes ocorre entre as mulheres dos 15 aos 24 anos. É preocupante”, admitiu.

A presidente do Conselho de Direcção da Parceria Global para a Saúde Materna, Neonatal e Infantil, Graça Machel, mostrou disponibilidade da instituição que representa (constituída por 750 países) em apoiar na mobilização de recursos para que Moçambique acelere as acções para a melhoria da saúde materna, neonatal, sexual e reprodutiva, pois, como disse, o nosso país está no topo da lista dos países que terão apoio da parceria.

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