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Discurso do Presidente da FRELIMO, Camarada Filipe Jacinto Nyusi, por ocasião do fecho da 3ª Sessão Extraordinária do Comité Central

 
   


Camarada Secretário-Geral da FRELIMO;

 

Camaradas Membros da Comissão Política;

 

Camarada Armando Emílio Guebuza, Antigo Presidente da FRELIMO;

 

Camaradas Membros do Secretariado do Comité Central;

 

Camaradas Membros do Comité Central;

 

Distintos Quadros da nossa gloriosa FRELIMO;

 

Minhas Camaradas e Meus Camaradas! 

 

Aproxima-se o momento do encerramento da nossa décima Conferência Nacional de Quadros. Quando entoarmos o Hino da FRELIMO e o Hino Nacional, estaremos a assinalar o fim deste grande encontro da nossa família FRELIMO.

Caros Camaradas!

Os três dias foram de intenso trabalho. A qualidade das intervenções  e dos debates havidos em torno da proposta de teses demonstrou o alto nível de maturidade politica das diferentes gerações de quadros. Queremos mais uma vez felicitar e reconhecer a grandeza da nossa FRELIMO.

Ao longo destes três dias, a nossa Escola Central foi, uma vez mais, a casa-mãe, onde a Frelimo se reuniu para debater as propostas de teses ao 11° Congresso. Um debate que começou na Célula e culmina nesta Conferência Nacional. 

Regressamos às nossas casas mais revigorados. Falaremos aos nossos camaradas e familiares da grande festa que aqui vivemos neste reencontro da Nação moçambicana. Falaremos igualmente do entusiasmo das nossas discussões, e das decisões que, como FRELIMO, juntos aqui tomámos.

Ao longo destes três dias, reafirmámos a nossa capacidade de mobilização, desenvolvida e consolidada em mais de meio século de vida e luta da nossa organização. 

A FRELIMO mobiliza através do seu compromisso inabalável de viver e interpretar correctamente os anseios do povo moçambicano. A FRELIMO estrutura as respostas e soluções dos problemas identificados em cada momento, e mobiliza o povo na luta pela sua própria emancipação e bemestar.

Caras e caros camaradas!

Para além dos debates propriamente ditos, as saudações à Conferência foram um momento importante do nosso convívio. Nelas, as nossas organizações sociais e as delegações das nossas províncias, em momentos verdadeiramente festivos, encheram esta sala de tanta alegria que os nossos corações ficaram a saltar de contentamento. 

Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para felicitar as organizações sociais do nosso Partido e todas as delegações pela excelente qualidade dos números apresentados. Mas também felicitamolos pela fertilidade da imaginação e criatividade. 

Sempre que temos um importante evento, temos criações novas, adaptadas a novas formas de mobilização. Aliás, algumas das canções que aqui ouvimos foram especificamente preparadas para esta Décima Conferência Nacional de Quadros. Parabéns, FRELIMO, pela criatividade!

Caras e caros Camaradas! 

A Décima Conferência Nacional de Quadros foi um importante momento de partilha das nossas preocupações, das nossas propostas de solução e dos nossos sonhos. Foi uma oportunidade para debatermos as nossas expectativas e perspectivas sobre as prioridades estratégicas da FRELIMO e de Moçambique. Foi um importante momento de preparação do Décimo Primeiro Congresso. 

Como tem sido característico nas reuniões da FRELIMO, os nossos debates, expectativas e perspectivas são construídas a partir do conhecimento que temos da realidade nacional e internacional. 

A partilha, dessas expectativas e perspectivas pelos membros da FRELIMO, e dos moçambicanos em geral, quanto às próximas prioridades, tomou forma no debate do projecto das teses a serem apresentadas ao Congresso. Foi um debate franco, aberto, caloroso, com uma elevada capacidade analítica. Foi um debate feito com seriedade e num ambiente de camaradagem e com a responsabilidade própria de um Partido maduro.

Saudamos, por isso, todos os quadros aqui presentes, em representação dos milhões de membros da FRELIMO, pelo seu incondicional empenho nos debates. Foi esse empenho que permitiu à esta Décima Conferência Nacional de Quadros aprofundar as mensagens que as células, os círculos, as zonas, os distritos, as províncias e os moçambicanos em geral propuseram para o Décimo Primeiro Congresso. 

A partir das discussões havidas, e das que depois vão acontecer, o próximo Congresso formulará o programa interno da FRELIMO e o programa de desenvolvimento de Moçambique. Com esse programa continuaremos a construir as bases para o desenvolvimento sustentável e inclusivo do nosso país. Temos certeza de que será um programa mobilizador e, por isso, também ganhador.

Caros Camaradas!

Cada um de nós, a todos os níveis e órgãos da FRELIMO, têm responsabilidades na procura de soluções para as preocupações com que o povo se confronta no dia a dia. Quando um militante nos coloca uma questão parte do princípio de que podemos ajudá-lo em alguma coisa. Quando um cidadão nos coloca uma preocupação é porque olha para nós como uma luz que possa conduzi-lo à solução dessa preocupação. Quando observamos algo anómalo ou errado, espera-se que de imediato, possamos activar a nossa militância, o nosso instinto politico, a nossa capacidade de mobilização para, a nosso nível resolvermos, esclarecermos, mobilizarmos ou alertarmos os órgãos competentes sobre o que se passa. 

A FRELIMO somos todos nós, aqui presentes. O Partido é cada um dos membros.  A FRELIMO é cada um dos militantes. A FRELIMO é cada um dos quadros colocados em cada canto do nosso país. 

Alguns de nós têm uma experiência de militância e capacidade de mobilização de mais de 50 anos. Outros têm uma experiência mais recente. Outros ainda têm uma experiência governativa antiga. Outros ainda estão a começar a sua experiencia de governação. Estas experiências ganham mais valor quando, dentro dos órgãos, são sincronizados e partilhadas para tornar mais produtivo o processo de procura de soluções para as preocupações dos moçambicanos. São ainda importantes para relançar a nossa FRELIMO, como organização, para um alcance de maior eficiência, eficácia, disciplina e de coesão interna. 

É isso que fará com que a Frelimo se mantenha no pedestal maior de referência dos moçambicanos na resolução dos seus problemas. Juntos e unidos somos mais fortes. Cada um de nós, por mais forte e inteligente que seja, sozinho é demasiado pouco para os desafios da FRELIMO e dos moçambicanos. 

Caras e caros camaradas!

Todos nós, incluindo aqueles que ficaram em casa, e que aqui representamos, somos parte da solução do problema. E temos de levar esta mensagem para os nossos locais de residência, de trabalho e de acção política. Deve ser levada para cada intervenção pública ou privada, porque é disso que se espera de um militante da FRELIMO. 

Todos somos e devemos continuar a ser parte de soluções criativas que levem à melhoria constante do nosso desempenho, como militantes, como FRELIMO. É este espírito que deve ser transportado para a nossa vida diária. É este espírito que deve ser transportado para a nossa militância no seio do povo. 

Caros Camaradas!

Nas saudações das nossas províncias e das organizações sociais, assim como no debate das teses, quer nas plenárias, quer nos grupos de trabalho, falámos, com particular ênfase, do imperativo da coesão interna e da disciplina. Os desafios que o nosso país enfrenta requerem um Partido cada vez mais forte e cada vez mais coeso. 

Cada um de nós assume, com a sua presença e com a sua participação na discussão das Teses, a responsabilidade individual e colectiva de assumir a preocupação com a coesão e a disciplina como parte da sua luta diária pela contínua edificação de um Partido cada vez mais forte.

Para que a FRELIMO continue a ser vitoriosa, a mensagem e militância dos seus membros perante o povo moçambicano deve ser cada vez mais eficaz. A coesão e a disciplina ajudam a concentrarmos as nossas intervenções nas verdadeiras preocupações dos moçambicanos, reduzem o risco da excessiva dispersão das nossas intervenções. 

Por outras palavras, o termo “Camarada”, que usamos entre nós como senha do nosso compromisso com os Estatutos e Programa da nossa FRELIMO, deve continuar a ter o significado e a virtude de nos aproximar cada vez mais, uns dos outros, como companheiros da mesma jornada, unidos pela mesma causa, a defesa intransigente e inalienável do povo moçambicano e do interesse nacional.

Caros Camaradas!

 

O Congresso que se aproxima será, uma vez mais, um momento de reforço da Unidade Nacional, pilar inabalável para a consolidação da moçambicanidade e da cidadania, da paz e do rumo que estamos a trilhar para o progresso e bem-estar. 

Na verdade, o Décimo Primeiro Congresso já começou. E porque “a vitória prepara-se, a vitória organiza-se,” iniciámos os preparativos com mais de um ano de antecedência. E devemos continuar a preparar o nosso sucesso, reforçando a nossa acção política e militância na base e junto das nossas populações, nas quais nos inspiramos e buscamos as soluções das preocupações que Moçambique e os moçambicanos enfrentam em cada momento histórico. O sucesso depende de nós. O nosso sucesso está nas nossas mãos. Por isso, na preparação do Décimo Primeiro Congresso vamos continuar a:

$1i.            Fortalecer a acção do nosso partido na sociedade moçambicana;

$1ii.           Promover o estudo e apropriação das Teses na Células, Círculos, Zonas, Distritos, Cidades e Províncias;

$1iii.         Consolidar a democracia interna no seio do Partido, realizando as Conferências de Círculos, de Zonas, de Distritos, de Províncias e da Cidade de Maputo, para as Eleições Internas e de Delegados às Conferências e ao Congresso;

A preparação do Décimo Primeiro Congresso representa a realização do Congresso a cada nível. Por isso, deverá ser um momento de festa, não só dos quadros, militantes, membros e simpatizantes da FRELIMO, mas também de todo o povo mosoçambicano que estará envolvido nos debates e na preparação desta reunião magna da nossa FRELIMO, a sua FRELIMO.

Muito trabalho terá ainda de ser feito até ao Décimo Primeiro Congresso. O vigor e empenho que caracterizou os militantes, membros e quadros da

FRELIMO na realização das tarefas do Partido até a esta Décima Conferência Nacional de Quadros deverá continuar aceso e guiando-nos rumo ao Congresso. Bem hajam, militantes, membros e quadros da nossa sempre vitoriosa FRELIMO.

 

Minhas Camaradas e Meus Camaradas!

Celebra se amanha dia 4 de Outubro, o vigésimo quarto aniversário do Acordo Geral de Paz. Volvidos vinte e quatro anos, o nosso país continua novamente com o desafio de devolver o sossego e tranquilidade, prosseguindo na consolidação nacional, bem como no aprofundamento da Democracia. A Paz é um património colectivo de todos os Moçambicanos e um interesse supremo a qualquer desígnio individualista. Por isso queremos exortar a todos os membros do nosso Partido, simpatizantes e a todo o nosso Povo a se sentir repugnados contra qualquer acção atentatória a este bem conquistado com o enorme sacrifício.

Como dissemos na sessão de abertura, somos um Partido comprometido com a segurança e tranquilidade do nosso Povo, temos a responsabilidade de buscar a Paz de volta.

Caros Camaradas!

 

Endereçamos uma saudação especial a todos os que, de forma directa e indirecta, contribuíram para o sucesso desta Décima Conferência Nacional de Quadros. Em particular, agradecemos as chefias dos grupos de trabalho e os membros das equipas de redacção dos diversos documentos produzidos nesta sessão. 

Os nossos agradecimentos são extensivos às equipas do Protocolo, da Segurança e da Saúde, bem como aos membros dos grupos culturais, da Comunicação Social, aos condutores de veículos, e a todos aqueles que estiveram envolvidos noutras actividades de apoio aos nossos trabalhos.

Com votos de bom regresso, para cada um dos delegados e convidados, temos a honra de declarar encerrada a Décima Conferência Nacional de Quadros.

FRELIMO Hoye! 

  

 

 

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