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APELA GOVERNADOR DE TETE: Renamo deve depor armas

O GOVERNADOR da província de Tete, Paulo Auade, reiterou o apelo à Renamo e ao seu líder, Afonso Dhlakama, para deporem as armas que usam para matar moçambicanos e destruir bens, deitando abaixo o sacrifício dos “jovens do 25 de Setembro”.

 

O apelo foi feito durante as celebrações do 52º aniversário do desencadeamento da luta armada de libertação nacional e Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) assinalado domingo em todo o país.

Em Tete esta histórica data foi marcada não só por discursos, mas também pela deposição de coroa de flores na Praça dos Heróis moçambicanos e realização de actividades culturais, desportivas e recreativas.

“Pedimos maior vigilância e denúncia àqueles que estão a pôr em causa a paz”, exortou, por outro lado, o governador de Tete, província onde a acção dos homens armados da Renamo se faz sentir com maior incidência em Nkondedzi e Chibaene, nos distritos de Moatize e Tsangano, respectivamente.

Por sua vez, os combatentes da luta armada de libertação nacional pediram, na ocasião, para que Afonso Dhlakama deponha as armas e saia das matas.

Na mensagem por eles apresentada, reafirmaram que as hostilidades militares da Renamo estão a deitar abaixo o sacrifício dos “jovens do 25 de Setembro”, que consistiu no derramamento de sangue e abandono dos estudos, por parte desses jovens, pela causa do povo moçambicano.

Segundo eles, matar o povo, destruir seus bens, bloquear a circulação de pessoas e bens e defender o divisionismo não deve ser visto como solução viável para se alcançar qualquer que seja a pretensão.

A ala militar da Renamo e seu líder, Afonso Dhlakama, optaram por voltar às matas e recorrer à força das armas para reivindicar a governação em seis províncias que alegam ter ganho nas últimas eleições gerais e das Assembleias Provinciais. Este pleito foi, na realidade, vencido pela Frelimo e seu candidato, Filipe Nyusi.

Apelaram ainda para que Dhlakama aceite o convite formulado pelo Presidente Nyusi que, várias vezes, manifestou publicamente a sua disposição de dialogar como melhor via para o alcance da paz sem a qual o país não pode progredir social e economicamente.

O combatente Felisberto Tenco, presente nas cerimónias, disse que “a Renamo deve cessar as hostilidades militares porque só assim estará a valorizar o 25 de Setembro, data com grande significado histórico para o povo moçambicano.”

“Todos nós devemos valorizar o 25 de Setembro porque foi a partir desta data que o povo moçambicano começou a sonhar com o fim da opressão que sofreu durante 500 anos de dominação colonial portuguesa”, afirmou.

(AIM)

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