CELEBRAÇÕES DO 25 DE SETEMBRO: FADM na defesa dos valores de cidadania
O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, apelou às Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) a manterem inviolável o território nacional e a defenderem os valores de cidadania, de patriotismo e sentido de pertença a este Moçambique.
Falando por ocasião do 25 de Setembro, Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, que este ano coincidiu com a passagem dos 52 anos do início da luta armada de libertação nacional, exortou, igualmente, para que as FADM explorem, com valentia, a vantagem de serem um produto do processo de reconciliação nacional.
Segundo disse, estas são formadas por militares que ontem estiveram em frentes opostas e hoje são continuamente alimentadas de jovens sem proveniência partidária.
“Esta característica, rara, deve vos unir em defesa da pátria e da paz conquistada com grande sacrifício, conforme o lema por vós eleito (para as comemorações do 25 de Setembro deste ano) FADM, 52 anos defendendo a pátria e a unidade nacional e a paz.”
De acordo com o Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, para o cumprimento das missões dos militares, o povo moçambicano não espera ouvir das FADM que deitaram abaixo o esforço dos seus heróis de tornar Moçambique um país independente, uno e indivisível, próspero e desenvolvido.
“A vossa missão será incompleta se não defenderem o desenvolvimento de Moçambique, que é a agenda central dos moçambicanos”, sublinhou para depois reconhecer e reafirmar o apreço pelos esforços, prontidão e grande profissionalismo que as FADM têm vindo a demonstrar no terreno.
Falando especificamente da saudação que as Forças Armadas lhe foram prestar na qualidade de Comandante-chefe, Filipe Nyusi afirmou que esta foi recebida em homenagem aos moçambicanos decididos a resgatar a sua autodeterminação, revestindo-se de coragem e elevado sentido de disciplina e sacrifício que a 25 de Setembro de 1964 deram início à luta armada que conduziu o povo à independência nacional que hoje desfruta.
Segundo disse, o 25 de Setembro de 1964 marca a história do povo moçambicano e uma nova era – o virar de uma página nova, o processo da nossa luta contra a colonização e dominação estrangeira.
“Ontem, com as armas, devolviam aos moçambicanos o direito a ter uma pátria, o direito de ter uma cidadania; as armas restituíam a dignidade e o direito de definir o seu futuro e o seu destino no contexto das nações”, referiu para de seguida acrescentar que “hoje, o processo de globalização em que nos encontramos inseridos coloca-vos novos e complexos tipos de ameaças.”
“Estes incontornáveis desafios obrigam o nosso país a mobilizar, cada vez mais, recursos e capacidades técnicas que permitam, eficazmente, a fortificação do Estado e prossecução da agenda nacional de criação do bem-estar”, disse perante oficiais generais das FADM que o foram saudar, dirigidos pelo Chefe do Estado-Maior General das FADM, o General do Exército Graça Chongo.
Fidelidade à Constituição
AS Forças Armadas de Defesa de Moçambique reafirmaram, perante o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, a sua fidelidade à Constituição e às instituições democráticas, bem como a obediência ao seu Comandante-Chefe.
A posição foi manifestamente reiterada domingo, no Palácio Presidencial, quando a direcção das FADM foi saudar o Presidente da República por ocasião do 25 de Setembro, Dia das Forças Armadas e que este ano coincidiu com o 52º aniversário do desencadeamento da luta armada de libertação nacional contra a dominação colonial.
Graça Chongo, Chefe do Estado-Maior General das FADM, que apresentou uma mensagem de ocasião, afirmou que na conjuntura histórica em que o país se encontra, caracterizada por ausência de paz efectiva e a braços com uma crise económica e financeira, um dos desafios que se coloca às Forças Armadas é lidar com um novo perfil de riscos e ameaças.
“Para fazer face aos desafios desta natureza emerge a necessidade incontornável de formação permanente do pessoal e a modernização da instituição militar”, disse.
Acrescentou que as FADM estão “conscientes da magnitude e esforços que devem empreender para prevenir e/ou contrariar os riscos e ameaças ao ambiente de uma paz efectiva no nosso país. Sabemos que a solução passa por adaptar a cada contexto o papel das Forças Armadas enquanto instrumento da vontade nacional”, disse.
Acrescentou que com a “saiba” direcção do Comandante-Chefe, as Forças Armadas prosseguirão, com entrega e determinação, às missões que legalmente lhes são acometidas, com destaque para a defesa, essencialmente militar, de repressão e combate às novas ameaças, de compromissos internacionais de natureza militar e de implementação da política externa do Estado moçambicano e outras de interesse público e humanitário.”
Segundo o Chefe do Estado Maior das FADM, a instituição fez destas comemorações dos 52 anos do início da luta armada de libertação nacional, não só um momento de festa mas também uma ocasião de reflexão sobre como valorizar e imortalizar a vida desta geração de combatentes do 25 de Setembro.
Referiu que uma das missões das FADM é lutar no sentido de valorizar as conquistas dos heróis da liberdade, inspiradas na sua visão estratégica, constituídas em forças armadas dotadas de uma capacidade de intervenção persuasora de modo a garantirem a independência nacional e integridade territorial do país, bem como participar nos esforços de desenvolvimento socioeconómico e nas missões de apoio à paz e de assistência humanitária.
“Aproveitamos as comemorações do 25 de Setembro para reconhecemos o esforço que o Estado e o Governo moçambicanos têm empreendido na criação de condições para capacitação e profissionalização das Forças Armadas, através de investimentos e promoção do capital humano e a reabilitação e construção de infra-estruturas, apesar do ambiente económico menos favorável porque passa o nosso país”, enfatizou Graça Chongo.