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Venham transformar matérias-primas no país

O GRANDE desafio é transformar recursos das matérias-primas dentro do país para promover a competitividade no mercado global e explorar as oportunidades existentes em Moçambique a fim de reduzir o custo de produção.

 

A ideia foi defendida pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, ao dirigir-se semana, finda em Houston, ao fórum empresarial que juntou homens de negócio de Moçambique e da capital do Estado norte-americano do Texas, detentor de um grande parque industrial. O encontro, que serviu para expor as potencialidades de Moçambique, foi organizado pelo Conselho Corporativo para África, que tem estado a mostrar um grande interesse pelo país.

O Chefe do Estado considera que este é o caminho para uma parceria exemplar e que possa promover o emprego localmente e desenvolver o país.

Ele disse que o país tem vindo a criar um ambiente macro-económico e legislativo conducente à facilitação de negócio. Nesta perspectiva, embarcou em reformas legais e de outra natureza, o que permitiu a atracção de mais investimentos privados nacionais e estrangeiros, alguns dos quais de companhias do Texas, como é o caso da Anadarko, envolvida na prospecção de gás e petróleo na Bacia do Rovuma.

O Chefe do Estado afirmou que a agricultura, área na qual os americanos possuem uma larga experiência, é fonte de sobrevivência e de rendimento de mais de 80 por cento da população moçambicana, estimada em mais de 23 milhões de habitantes, sendo por isso um dos sectores que deve estar na agenda dos investidores.

Disse haver condições para a prática da agricultura no país, detentor de mais de 36 milhões de hectares de terra arável, onde se pode produzir açúcar, tabaco, fruta, carnes, leite, soja, algodão, entre outros.

O Chefe do Estado explicou que todas essas terras são atravessadas por rios, nos quais se pode construir mais barragens, aquedutos e regadios para impulsionar a agricultura e a piscicultura.

Falando sobre o sector da energia, que constitui um dos grandes interesses dos americanos, o Presidente Nyusi referiu que para além de energia gerada pela água, o país apresenta vantagens comparativas devido à existência de abundantes recursos que propiciam a produção de energias renováveis e com base no gás e carvão.

Neste sentido, convidou o empresários em Houston a colocar a capacidade tecnológica e os seus recursos financeiros ao serviço dos moçambicanos e formarem, deste modo, uma parceria exemplar e de sucesso no país.

Referiu que a posição geográfica e as infra-estruturas ferro-portuárias, com ênfase nos portos de Maputo, Beira e Nacala (sul, centro e norte do país, respectivamente) abrem caminho para um mercado doméstico e regional de mais de 300 milhões de pessoas.

LÁZARO MANHIÇA, em Houston

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