O Presidente da República, Filipe Nyusi, reitera que a democracia só se torna efectiva e profícua quando regida por um forte Estado de direito e que, fora desse quadro, pode traduzir-se numa ditadura ou anarquia.
Nyusi falava, ontem, no Instituto Internacional Republicano, em Washington, numa audiência perante oficiais do governo, influentes homens de negócios e representantes de organizações da sociedade civil norte-americana, no segundo dia da visita de trabalho de quatro dias aos EUA.
Na sua intervenção, Nyusi sublinhou que, em democracia, os conflitos devem ser resolvidos de forma pacífica, através do diálogo, e nunca com recurso à violência. “A guerra é tudo o que não queremos. Precisamos de paz, para nos consolidarmos como país de esperança, progresso e prosperidade”, disse
Vincando que a paz é um desejo ardente dos povos, em geral, e do povo moçambicano, em particular, Nyusi manifestou a esperança de sair mais fortalecido da audiência para construir consensos que enriqueçam a democracia no país.
O novo ciclo de governação do Presidente Nyusi é pela abertura ao diálogo com todas as forças vivas da sociedade, sendo que está em curso, no país, o diálogo político entre o Governo e Renamo com vista a uma paz efectiva.
Filipe Nyusi explicou que inclusão não significa incluir moçambicanos de outras forças políticas na governação, ela precisa de ter em conta sensibilidades de todos os segmentos da sociedade moçambicana. “Significa criar oportunidades e justiça social para todos”, disse.
Nyusi enalteceu o excelente trabalho que o Instituto Internacional Republicano tem desenvolvido na promoção da cultura democrática no mundo, precisamente por se tratar de uma instituição que encoraja a democracia onde ela não existe e ajuda a torná-la efectiva onde ela está em perigo.
Segundo Nyusi, o apoio do Instituto é de extrema importância para a paz em Moçambique, de modo a que investimentos norte-americanos e de outros países possam fluir e ajudar o desenvolvimento do país e bem-estar dos moçambicanos.
Durante a audiência com oficiais do governo, empresários e membros da sociedade civil, foram partilhadas experiências de práticas democráticas no mundo, em particular em Moçambique.
A nível económico, Nyusi disse que o país aposta na produtividade e competitividade da economia, promoção do emprego, atracção de investimento, provisão de serviços básicos até às zonas rurais, entre outras acções.
Por seu turno, Peter Ham, falando em representação do presidente do Instituto Internacional Republicano, fez um breve historial do país que durante muitos anos foi exemplo de sucesso de reconciliação e manutenção da paz, hoje beliscada pelas hostilidades da Renamo.
