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Nunca nos opusemos à auditoria forense

O GOVERNO moçambicano nunca se opôs à realização de uma auditoria forense à dívida pública do país, mas sempre estimulou o envolvimento de instituições nacionais nas investigações.

 

Na conferência de imprensa que marcou, no último sábado, o final da visita de trabalho à província de Gaza, o Presidente da República clarificou esta questão, afirmando que o que o Governo tem estado a dizer é que os processos já estão em curso.

“Não há nenhum governante que disse que não se ia fazer auditoria forense, em nenhum momento”, sublinhou Filipe Nyusi.

Sobre a visita à província de Gaza, última etapa de um périplo que o levou a escalar, desde o início deste ano, 51 distritos, 11 postos administrativos e quatro municípios do país, o Chefe do Estado disse ter ficado impressionado com a clareza e determinação de vencer as adversidades e atingir as metas estabelecidas no programa de governação.

Em Gaza, onde trabalhou durante três dias, Filipe Nyusi disse ter anotado com agrado o facto de a província estar a registar melhorias na colecta de receitas, além do envolvimento das autoridades locais no combate à corrupção, consubstanciado no aumento do número de processos que chegam aos tribunais para julgamento.

Na conferência de imprensa o Chefe do Estado referiu-se, de forma particular, à inauguração, no distrito de Mabalane, do museu erguido em memória dos ex-presos políticos, afirmando que, mais do que um local histórico, aquele é também um lugar turístico que deve ser preservado pela importância que tem na perpetuação e divulgação da história de Moçambique.

Nyusi disse acreditar que além da agricultura a província de Gaza, que tem vindo a contribuir com arroz, milho, hortícolas e feijões e outras culturas para o mercado da região sul do país, pode igualmente reforçar a sua capacidade na criação de gado e leite, cujo potencial disse ser enorme.

Relativamente aos passos em curso rumo à pacificação do país o Presidente da República disse a jornalistas que o objectivo é que se alcance um acordo firme, à semelhança do que aconteceu em 7 de Setembro de 1974, em Lusaka, onde o Governo português e a FRELIMO assinaram um acordo que continua válido e relevante até hoje.

Sublinhou, no entanto, que tudo deve ser feito com respeito escrupuloso do que está preceituado na Constituição da República, para que, segundo disse, “não nos transformamos numa nação falhada, ou anárquica…”.

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