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“COMBATENTES DEVEM CONTINUAR A SER REFERÊNCIA DE CONVIVÊNCIA PACÍFICA ENTRE OS MOÇAMBICANOS” APELA NYUSI

Os combatentes devem continuar a ser referência de convivência pacífica entre os moçambicanos, desencorajando a violência e assumindo a vanguarda do processo de desenvolvimento económico e social do país.

O apelo foi lançado ontem pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, falando na cidade de Pemba, em Cabo Delgado, por ocasião das celebrações do 7 de Setembro – Dia da Vitória – que marca a passagem do 42.º aniversário da assinatura dos Acordos de Lusaka.

Numa mensagem apresentada na ocasião, os combatentes da luta de libertação, da soberania e democracia manifestaram disponibilidade de pegar em armas para responder, no terreno, aos ataques sistematicamente perpetrados pela Renamo contra alvos civis e económicos.

Foi em resposta a este pedido que Filipe Nyusi disse que a principal característica do combatente moçambicano é promover a cultura de paz e desencorajar actos de violência, fazendo valer o sacrifício consentido pela libertação do país, se fizerem coro àqueles que tentam pôr em causa o sonho de um Moçambique desenvolvido.

“Continuem a defender o que vos custou a juventude, a pátria que ganharam com gosto e muito sacrifício”, apelou o Chefe do Estado.

Considerando que a geração do 25 de Setembro, que se mistura sem discriminação, “é uma geração de virtudes”, Filipe Nyusi encorajou essa abordagem de inclusão e o convívio geracional entre combatentes de diferentes faixas etárias e em várias frentes.

Sobre a necessidade de se desencorajar a violência falou também o antigo presidente da República, Joaquim Chissano, para quem ninguém, em Moçambique, está mais interessado na guerra, incluindo muitos membros da Renamo.

“Apelamos à Renamo para usar o instrumento da democracia, que juntos criámos, para chegar ao poder. Tal como dissemos no passado, e demonstramos que é possível, voltamos a dizer agora: venham e vamos viver como irmãos”, disse o antigo estadista moçambicano.

Na sua intervenção, o Presidente da República falou dos problemas que actualmente afectam a economia nacional, explicando que os mesmos decorrem de factores internos e externos, incluindo os ataques às infra-estruturas económicas e sociais, às autoridades administrativas e lideranças comunitárias por parte dos homens armados da Renamo.

Mais de sete mil combatentes participaram na cerimónia que decorreu no campo 25 de Setembro, na cidade de Pemba, onde se realizou uma parada em saudação à data.

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