Maternidade-modelo também para Massinga
Inhambane tornou-se sábado passado a primeira província no país a ter três maternidades-modelo, com a certificação da maternidade do Hospital Rural da Massinga. O acto foi dirigido pela Primeira-Dama, Isaura Nyusi.
Aquela unidade de atendimento a mulheres grávidas em serviço de parto, atingiu este título mercê da satisfação dos termos de referência para o efeito, sobretudo na humanização dos cuidados sanitários naquele sector.
A iniciativa do reconhecimento das maternidades com padrões de qualidade no atendimento aos pacientes foi lançada pelo Ministério de Saúde em 2009. Na província de Inhambane, depois das maternidades de Quissico, distrito de Zavala, e Vilankulo, certificadas no ano passado, Massinga juntou-se a estas duas no sábado passado, depois de uma avaliação positiva nesse sentido.
Isaura Nyusi reconheceu na atribuição do certificado de maternidade da Massinga a importância da iniciativa do resgate dos valores morais que guiam a mobilização da comunidade para a sua maior participação nos processos de gestão das unidades sanitárias.
Disse que na frente da implementação com sucesso do programa está a província de Inhambane, pelo seu comprometimento em melhorar cada vez mais na saúde da população, esforço que se justifica pelo facto de ser a primeira província no país a ter três maternidades-modelo e uma enfermaria-modelo.
Mesmo assim Isaura Nyusi disse haver enormes desafios para que todas as maternidades do país sejam reconhecidas como tendo altos padrões de qualidade, estando envolvidas na iniciativa 125 unidades sanitárias do país, das quais nove já são reconhecidas publicamente.
“Estamos cientes da necessidade de melhorar cada vez mais o atendimento nas nossas unidades sanitárias, promovendo qualidade de atendimento dos cuidados aos cidadãos. A humanização dos serviços de saúde não é uma utopia, mas sim uma realidade, com acreditação de mais uma unidade sanitária no país”, sublinhou a Primeira-Dama.
Intervindo na cerimónia, Carlos Sitoe, director dos Serviços Distritais da Mulher e Acção Social, referiu que, com a acreditação daquela maternidade é uma grande responsabilidade para o sector da Saúde naquele distrito, pois há necessidade de manter o ganho, tratando cada vez melhor as parturientes e os utentes, em geral, com humanismo, servindo-se de espelho e exemplo para outras unidades sanitárias.
Fundado em 1956, funcionando com apenas dois blocos, o reconhecimento da maternidade do Hospital Distrital da Massinga deve-se ao facto de aquele unidade sanitária responder com satisfação dois tipos de avaliação, sendo sendo uma interna e outra externa, com pouco mais de 60 por cento dos níveis exigidos de qualidade no que diz respeito, ao nível de atendimento humanizado, ser campo de estágio para Saúde Materno-Infantil, disponibilidade de recursos, qualidade das infra-estruturas, dentre outras, uma iniciativa aderida em Massinga em 2012.
O Hospital Distrital da Massinga tem 95 camas, sendo 28 na mais nova maternidade-modelo do país, com uma taxa de ocupação de 47 por cento. Em média aquela maternidade realiza seis partos por dia, de acordo com o relatório do primeiro trimestre de 2016. Trabalham naquela maternidade 25 profissionais, sendo cinco serventes, 14 enfermeiros de Saúde Materno-Infantil do nível médio, dois do nível superior, dois licenciados em cirurgia e três médicos de clínica geral.
No encerramento da cerimónia da certificação daquela maternidade Isaura Nyusi ofereceu seis enxovais a igual número de bebés que nasceram naquela maternidade.
Todavia, o desafio foi lançando à maternidade do Hospital Rural de Chicuque, na cidade de Maxixe, para que seja a próxima a ser acreditada como modelo naquela província do sul de Moçambique.
Tomás Menete(Colaboração)