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FERNANDO FAUSTINO AVISA À RENAMO: Ataque a combatentes não vai ser tolerado

O SECRETÁRIO-GERAL da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), Fernando Faustino, advertiu ontem à Renamo que direccionar os ataques armados para reivindicar ambições políticas desmedidas pode ter consequências graves para este partido.

 

Fernando Faustino fez este aviso depois de homens armados da Renamo terem atacado mortal e inocentemente um antigo combatente no distrito de Morrumbala, na província da Zambézia, que se encontrava a realizar as suas actividades em prol da melhoria da sua qualidade de vida. Em dias anteriores homens armados tinham atacado também mortalmente um combatente da luta de libertação nacional que chefiava um posto administrativo na província de Tete.

De acordo com o secretário-geral da ACLLN, os combatentes jamais admitirão ataques contra os seus associados e avisam que se tais agressões não cessarem imediatamente poderão partir em legítima defesa.

“Temos sim o direito à autodefesa. Apelamos a todos os combatentes para que se mantenham calmos, mas advertimos à Renamo que podemos agir em legítima defesa. E as consequências disso podem ser fatais para a própria Renamo”, disse Fernando Faustino, apelando à Renamo a prosseguir os seus objectivos políticos em obediência à Constituição da República e demais leis.

Faustino disse que os combatentes da luta de libertação nacional não querem nenhum confronto com a Renamo mas estão preparados para se defenderem da agressão, afiançando que tal como no passado, em que venceram o colonialismo português, presentemente poderão escorraçar os que os agridem.

Fernando Faustino pediu máximo respeito pela vida de todos, de modo particular a dos combatentes, salientando que estes deram da sua juventude para que o país fosse livre da dominação estrangeira. Lembrou que após a proclamação da independência o mesmo grupo prosseguiu com a luta em defesa da pátria e indicou que na actualidade o colectivo mantém a sua prontidão em continuar a proteger o país de qualquer agressão, tal como está a acontecer agora com a Renamo.

Disse que em qualquer parte do globo os combatentes pela liberdade gozam de estima e consideração, não se podendo permitir, para o caso de Moçambique, que um simples partido como a Renamo os persiga e assassine por motivos obscuros. Fernando Faustino reiterou os apelos à Renamo para que cesse imediatamente com as hostilidades militares e paute pelo diálogo aberto e construtivo com vista à solução dos seus problemas.

“A nível da comissão mista decorre o diálogo entre o Governo e a Renamo. Por que razão a Renamo continua a matar?”, questionou o combatente.

Pediu às chancelarias que apoiam a Renamo para pararem de perpetuar o sofrimento dos moçambicanos e ajudarem aquela organização a se transformar em partido político sério e comprometido com a causa nacional: a paz, a unidade nacional e o desenvolvimento.

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