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Fortalecer a coesão interna e os valores da Frelimo

O Presidente Filipe Nyusi exortou os membros do Comité Central e do partido em geral a influenciar a promoção da disciplina individual de cada um de forma a consolidar a disciplina coletiva nos órgãos, a todos os níveis.

Intervindo na sessão de abertura da V Sessão Ordinária do Comité Central que decorre desde hoje até sábado na Matola, o Camarada Nyusi disse que a meta da Frelimo “é ver um membro na sua Célula, no seu quarteirão, a criticar e a ser criticado, pronto e disponível, pontual, que ouve e é ouvido”.

A Frelimo, segundo o Presidente Nyusi, quer ver em cada membro o sonho dum camarada que confia e é confiado, que exprime o seu pensamento livremente em frente dos outros, ou do órgão a que pertence, com uma disciplina de quem usa o espaço a seu dispor para fazer crescer o Partido e fazer progredir o país.

“Queremos reviver os sonhos de Mondlane, Samora, Marcelino dos Santos, Feliciano Gundana, Pascoal Mocumbi, Lopes Tembe, Gilberto Betuel Matavele e outros tantos, alguns dos quais aqui presentes sem excluir os que não citamos”, disse o Presidente da Frelimo.

Para Nyusi, a meta é alimentar o exercício retomado no ano passado (2015), o de fortalecimento da coesão interna do partido preservando os valores e princípios da Frelimo.

“Nós sonhamos com um membro do partido que respeita o bem público e que encontra oportunidade igual a todos para a sua auto-superação. Na disciplina partidária não encontramos o espirito de quem é mais ou menos importante, mais ou menos influente. Respeitamos a experiencia”, explicou Nyusi.

Realçou que a reunião do Comité Central é de reflexão para recordar a luta que exigiu muita coragem e determinação feita de forma consciente, sabendo que os tempos mudaram mas o valor da liberdade conquistada com sacrifício prevalece.

“Viemos aqui buscar a nossa inspiração, a partir do passado, e reconstruir um compromisso com base em princípios de uma frente nova e comum em prol de um crescimento socioeconómico equilibrado”, disse Nyusi.

O presidente da Frelimo destacou que quando se é pobre, há tendência de se considerar que a pobreza é também mental ou intelectual, tendência de se pensar ou decidir pelo pobre, renegando a liberdade do pobre.

“ Nós, o povo moçambicano, podemos, temos e devemos pensar e decidir sobre os nossos próprios destinos”, explicou.

Em nome do partido, Nyusi condenou os assassinatos bárbaros de José Manuel, membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, na cidade da Beira, e de Marcelino Vilanculos, Procurador da República na Cidade da Matola, encorajando as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a continuar procurar um rápido esclarecimento destes actos.

Nyusi fez menção da situação de chuvas intensas e ventos fortes e descargas atmosféricas que vem assolando a região norte e parte do centro e a seca no sul e também parte do centro do país, fenómenos que causam a perda de culturas e gado, para além da destruição de habitações e infraestruturas diversas.

Destacou os ataques protagonizados por homens armados da Renamo, na zona Centro do país, contra alvos civis e militares e que já resultou em mortes e feridos.

“No centro do país, em zonas bem localizadas, o povo vive o terror e medo causado pelos homens armados da Renamo que atacam viaturas, invadem machambas, perseguem os líderes comunitários e dirigentes do nosso partido ao nível de base. Estes cenários estão a provocar sofrimento e perda de vidas humanas e bens”, disse Nyusi.

Endereçando uma mensagem de pesar as famílias que perderam seus entes queridos, Nyusi exortou os participantes para se juntarem ao movimento de solidariedade dando o seu apoio para minimizar o sofrimento das famílias afectadas.

Nyusi adiantou que a falta de paz efectiva em Moçambique condiciona o crescimento económico que se confronta com diferentes adversidades que serão debatidas nesta Sessão do Comité Central.

O encontro está a passar em análise, entre outros temas, a Situação Política, Militar e da Paz, Situação Económica, o Plano de Actividades e Orçamento do Partido para o presente ano (2016) e a Convocação do XI Congresso, a ter lugar no próximo ano.

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