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OMM EM INHAMBANE: Alargar as vitórias de Frelimo

A NOVA secretária provincial da Organização da Mulher Moçambicana (OMM) em Inhambane, eleita na recente VII Conferência da agremiação, disse que uma das grandes apostas da sua direcção é consolidar e alargar as vitórias da Frelimo na província, fazendo com que a oposição tenha o menor espaço possível no seio das comunidades.

 

Para a concretização deste desiderato, Margarida Naiete disse que vai potenciar a angariação de mais membros para a organização e reforçar a coesão interna da OMM, “para de mãos dadas embarcarmos para o mesmo destino, que se resume na consolidação e aumento das vitórias da Frelimo em Inhambane.

A nova dirigente do considerado braço feminino da Frelimo explicou que neste contexto se vai desdobrar em campanhas de mobilização e sensibilização da população nas comunidades, tal como sempre foi apanágio da sua organização.

A ideia, segundo disse, é levar as pessoas a não aderirem às manifestações violentas e rejeitarem sempre todas as tentativas de retorno à guerra no país.

“Nós, como mães, não queremos perder os nossos filhos numa guerra sem sentido movida por pessoas ambiciosas que querem chegar ao poder à força, usando vias anti-democráticas. Por isso no congresso da próxima semana vamos renovar o apelo à firmeza contra a desestabilização do país, porque uma nova guerra só pode constituir-se num grande revés ao progresso socio-económico que já atingimos”, disse.

Conhecedora profunda da organização que lidera, pelo facto de ter pertencido ao anterior Secretariado Provincial, Margarida Naiete disse que não se inventa nada na OMM, porque ali reside a criatividade dos membros que exerçam as suas actividades em estrito cumprimento dos estatutos da organização.

“Somos a organização feminina mais antiga do nosso país. Somos maduras. Sabemos o que queremos e onde vamos e por isso aqui nada se inventa. Trabalha-se com base no programa, daí que o nosso mandato se vai encaixar nesta dialéctica do cumprimento integral dos programas existentes, sem ferir, obviamente, os estatutos no nosso tutor, que é o Partido Frelimo”, indicou Naiete.

Revelou que uma das estratégias “para reduzir a acção da oposição é explicar o comportamento dos deputados deste grupo parlamentar a todos os níveis, desde as assembleias municipais, provinciais até à Assembleia da República, onde simplesmente negam sempre aprovar os principais instrumentos do desenvolvimento do país, nomeadamente o Plano Económico Social e o Orçamento do Estado e falar das consequências das acções armadas e suas repercussões negativas na economia nacional, explicando que tudo isso retarda o crescimento do nosso país.

COMBATER A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Num outro desenvolvimento, a secretária da OMM em Inhambane disse que vai continuar a exortar o Governo e as organizações sociais para apostarem na mulher nos órgãos de decisão e cargos de chefia, porque ela está paulatinamente a revelar-se capaz e competente a todos os níveis, daí a necessidade de se confiar sempre nela, sobretudo na sua segurança e espírito de liderança em todas frentes.

“Mas também me preocupa a violência doméstica, não só contra a mulher e criança, mas também contra o homem. Por isso vamos trabalhar para a redução desta situação. Nenhuma mulher deve ser violentada pelo seu marido, como também nenhuma mulher deve recorrer à violência para resolver as suas diferenças com o seu parceiro. Esta luta faz parte da nossa agenda”, acrescentou

Margarida Naiete manifesta-se preocupada pelo facto de as mulheres se apresentarem em número reduzido nas estatísticas dos mutuários dos vários fundos para o financiamento de projectos, com destaque para o Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD, vulgo sete milhões).

Na sua opinião as mulheres devem ter alguma prioridade entre os beneficiários dos sete milhões de meticais, porque, segundo argumentou, elas sabem gerir melhor os negócios do que alguns homens.

Garantiu também que a OMM em Inhambane continuará a lutar contra a discriminação das pessoas portadoras de deficiência física ou albinismo.

“As pessoas portadoras de uma destas situações não perdem as suas qualidades humanas. Por isso a sociedade deve conviver normalmente com elas, não havendo motivos para a sua discriminação, quer na família assim como no trabalho”, apelou.

Na mesma entrevistada ao “Notícias”, Margarida Naiete reconheceu que os desafios da mulher são enormes, apontando que neste momento, por exemplo, esta camada social está envolvida na mobilização das comunidades para uma quadra festiva condigna, sem excessos nem violência, além do que se deve fazer para as famílias se prevenirem das cheias que se projectam com a aproximação da época chuvosa.

“Por isso marcaremos sempre presença nas comunidades para sensibilizar a população para se precaver de todas estas situações, além de identificarmos soluções dos problemas que preocupam as comunidades. Seremos o canal das mensagens do Governo para a população, porque, como se sabe, envolver a mulher no trabalho de mobilização é garantir o seu sucesso”, concluiu.

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