O Presidente da república, Filipe Nyusi, revelou este sábado, em Sandton, na África do Sul, que a China perdoou a dívida de Moçambique, com juros não vencidos, até 2015
O chefe do Estado falava no final da cimeira África-China.
O anúncio de perdão ocorreu no encontro que o Presidente Filipe Nyusi teve com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, no qual as duas partes reiteraram o compromisso de cooperar nas áreas definidas por Moçambique como prioritárias, nomeadamente a agricultura, infra-estruturas e indústria.
Segundo Filipe Nyusi, a China anunciou igualmente que os pacotes e os créditos que a serem concedidos nos próximos anos serão melhorados, em termos de cobrança de juros, o que significa alcançar juros abaixo de 1.5 por cento.
O estadista moçambicano explicou que nos encontros bilaterais, além da personalização do relacionamento, a China anunciou apoios que se vão juntar aos de 16 milhões de dólares, para serem aplicar em áreas concretas, como é o caso dos transportes públicos urbanos, com a aquisição de oitenta autocarros, abertura de mais de duzentos furos de abastecimento de água, entre outros serviços.
O Presidente da república avaliou a cimeira como um êxito, tanto pelo número dos participantes, como pelo conteúdo das discussões sobre a vida dos mais de 2.4 biliões de chineses e de africanos.
Na sexta-feira, a Comissão de Inquérito, criada pela Comunidade de Desenvolvimento de África Austral, para averiguar as causas dos levantamentos sangrentos no Lesotho, entregou o relatório final à presidência da troika da SADC.
O chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, que é igualmente Presidente da troika da SADC, disse haver ainda aspectos que devem ser clarificados.
Filipe Nyusi disse ter instruído o facilitador, Ramapossa, a ir à Lesotho para averiguar as reais causas da situação, para posterior tratamento do caso.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, deixa este domingo Sandton, de regresso a Maputo.
