Nyusi reconhece desafios de compreensão
O PRESIDENTE Filipe Nyusi reconheceu, segunda-feira, em Luanda, que em Moçambique, apesar de ser um país estável, ainda persistem desafios na compreensão dos fundamentos da democracia.
Discursando no parlamento angolano, no âmbito da visita de Estado de três dias que realiza desde domingo àquele país africano, Nyusi disse que a democracia em Angola e Moçambique tem a mesma trajectória, facto que demonstra que os parlamentos dos dois Estados podem reforçar a cooperação.
Nyusi apontou a necessidade do reforço da cooperação entre as duas assembleias tendo em conta as várias semelhanças, trabalhando em conjunto para o fortalecimento da democracia nos dois países.
Na ocasião, Nyusi manifestou a sua admiração pelo facto de Angola ter encontrado uma fórmula pacífica para manter a estabilidade e paz, uma fórmula para manter os partidos políticos não armados.
“Hoje, volvidos 40 anos é tempo para uma reflexão sobre a nossa cooperação e reforço das boas relações de cooperação existentes entre a Assembleia da República (de Moçambique) e a Assembleia Nacional (de Angola)”, exortou o Presidente moçambicano.
Segundo Nyusi, Moçambique e Angola tiveram o mesmo colonizador e as relações de cooperação entre ambos datam do tempo da luta de libertação contra a colonização.
“Depois de 40 anos de afirmação como nação reafirmamos a nossa forte vontade política de continuarmos a reforçar a cooperação bilateral e avivar em parte a memória longa da nossa trajectória comum. Quis a história que os dois países tivessem o mesmo colonizador”, disse Nyusi.
Por seu turno, Fernando da Piedade Dias dos Santos (“Nandó”), Presidente da Assembleia Nacional de Angola, destacou na sua intervenção a necessidade de reforçar a cooperação entre os dois países que ganharam solidez durante a luta comum contra a colonização.
“Angola tem acompanhado os desenvolvimentos políticos registados em Moçambique e assegura que a paz é o bem dos povos. Encorajamos a continuar a construir a paz por via do diálogo”, disse Fernando da Piedade Dias dos Santos.
O diálogo que Moçambique tem vindo a levar a cabo na procura da paz é, segundo Fernando dos Santos, a melhor forma para ultrapassar as diferenças.