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“Chupa-sangue” é uma invenção que merece atenção de todos

O MEMBRO da Comissão Política Da Frelimo e chefe da Brigada Central da Frelimo afecta à província de Nampula, Filipe Paúnde, considera que o fenómeno do “chupa-sangue” propalado nos últimos tempos naquela região do país “é obra da mentira”.

Paúnde defende, por isso, que a análise do fenómeno deve envolver toda a sociedade, porque provoca instabilidade social na província, luto e dor no seio de muitas famílias inocentes e a destruição de várias infra-estruturas nas comunidades.

O político, que se encontrava em mais uma jornada de trabalho na província de Nampula, liderando uma brigada que fez o acompanhamento do grau de realizações da Frelimo e do Governo, no âmbito do plano económico e social relativo ao ano em curso, insistiu que o fenómeno “chupa-sangue” é uma invenção de pessoas mal intencionadas que ciclicamente espalham boatos e mentiras sobre o assunto, sem, contudo, trazerem evidências sobre as alegadas vítimas causadas pelo fenómeno.

“Este fenómeno é preocupante e, como tal, desafia a sociedade no sentido de explicar que não se trata de algo palpável ou que exista realmente, para tranquilizar as pessoas que precisam de paz e harmonia para realizarem o seu trabalho, tendo em vista mitigar as necessidades e carências das suas famílias”, disse Paúnde.

O boato sobre a alegada existência do fenómeno “chupa sangue” surgiu recentemente, em Nampula, na sequência da morte, por espancamento, de um líder comunitário no posto administrativo de Matibane, no distrito de Mossuril.

Filipe Paúnde, que revelou o facto, adiantou que o referido responsável foi assassinado após ter sido indiciado de ser um “chupa-sangue” por um grupo de uma comunidade emocionada, que sem provas palpáveis das suas suspeitas partiu para a violência, que viria a culminar na agressão fatal do finado.

De acordo ainda com aquele responsável do partido Frelimo Sim, os distritos mais assolados pelo boato de “chupa-sangue” são Monapo e a cidade de Nampula, além de Mossuril, onde no posto administrativo de Lunga a comunidade destruiu as residências da secretária local da Organização da Mulher Moçambicana e do régulo da região, alegadamente por serem responsáveis pelos males que acontecem na zona.

“Em vários pontos do distrito de Mossuril muitas casas foram abandonadas pelos proprietários, que se refugiaram nas matas para se prevenirem de um possível ataque dos “chupa-sangue”. Esta situação ocorre sobretudo no período da noite. Contudo, quando questionámos localmente se existe, de facto, alguma vítima real do fenómeno, a resposta é negativa”, censurou Filipe Paúnde.

Nos pontos onde as comunidades levantam suspeitas da existência do “chupa-sangue”, os habitantes são forçados a bater em latas, batuques, entre outros instrumentos susceptíveis de provocar ruído ensurdecedor, alegadamente para afugentar o “chupador”.

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