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APÓS 40 ANOS DE INDEPENDENCIA: Moçambique regista ganhos imensuráveis

MOÇAMBIQUE, após 40 anos de independência nacional e 23 da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), alcançou ganhos imensuráveis nas diversas áreas, pois, os moçambicanos cresceram como um povo e como uma nação e os cidadãos continuam a apostar na consolidação da unidade nacional e na construção da paz, rumo ao progresso.

 

Esta posição foi manifestada na passada quinta-feira, no plenário da Assembleia da República, por Damião José, deputado pela bancada da Frelimo, numa intervenção feita no espaço reservado às questões “antes da Ordem do Dia”.

Na ocasião, o parlamentar disse acreditar que o povo não quer homens armados que trazem à memória os tempos difíceis da guerra de desestabilização movida, durante 16 anos, pela Renamo. “Por isso, tal como dizia a nossa Chefe da Bancada, a camarada Membro da Comissão Política, Margarida Talapa, no seu discurso de abertura desta sessão, a Frelimo reitera que é imperioso o desarmamento dos homens armados da Renamo para beneficiarem das oportunidades que o Fundo da Paz e Reconciliação lhes abre. Este é um imperativo nacional e é desejo inequívoco do povo moçambicano”, afirmou.

Exortou aos membros da Renamo que se encontram hoje no mato, para que, em nome da paz e reconciliação, se entreguem, voluntariamente às autoridades com as respectivas armas, para que deixem de ser homens inúteis e passem a ser úteis nas tarefas de desenvolvimento do país.

“A Frelimo, 40 anos depois da proclamação da independência, continuará a tudo fazer para a consolidação da Unidade Nacional, manutenção da Paz, construção do Estado de Direito Democrático, nos desafios do presente e do futuro, rumo ao bem-estar do povo moçambicano”, afirmou o deputado.

Para Damião José, ao falar-se dos ganhos registados ao longo dos 40 anos da independência e dos desafios do presente e do futuro, é importante não se esquecer que, infelizmente, durante este período, Moçambique parou 16 anos devido à Guerra de desestabilização que destruiu tudo e matou muita gente. “A Guerra de desestabilização era movida por homens e mulheres instrumentalizados, congregados num movimento armado chamado Renamo que, por ironia do destino, hoje alguns estão entre nós e são deputados da Assembleias da República”, afirmou.

OS NÚMEROS DO DESENVOLVIMENTO

DAMIÃO José sustentou a sua declaração de que o país está a desenvolver a “olhos vistos” apresentando alguns dados numéricos sobre as actividades e realizações que tiveram lugar no território nacional nos últimos quarenta anos.

Segundo disse, na altura da proclamação da independência nacional, em 1975, os moçambicanos herdaram um país com enormes desafios e não tinha quadros suficientes, para responder as várias necessidades do povo, situação agravada pela fuga de quadros.

“A Frelimo abraçou as áreas de educação e saúde como desafios centrais da sua governação e como prioridades de entre outras prioridades. Hoje, 40 anos depois, o nosso país cresceu e caminha a passos largos rumo ao progresso. A Frelimo, líder das transformações, formou quadros que hoje constituem motivos de orgulho e Moçambique afirma-se como um Estado promotor da equidade, onde os recursos naturais são propriedade de todos, as escolas, os hospitais, as estradas e pontes, as fontes de água potável são para todos”, disse.

Acrescentou que hoje Cahora Bassa é dos moçambicanos e os resultados da expansão da rede nacional de energia são visíveis em todos os distritos do país. “Só não vê quem não quer ver, ou insiste em usar óculos de madeira”.

“Desde a proclamação da independência até ao momento, a taxa de analfabetismo reduziu de 93 por cento para cerca de 48. O número de professores do ensino primário, secundário e técnico-profissional, aumentou consideravelmente. O número de professores universitários passou de 244, em 1975, para 6.400, em 2015”, revelou.

Acrescentou que em 1975 havia 5.260 escolas primárias; hoje temos 17.150 escolas; o número de escolas secundárias passou de 12 para 920. “Em 1975 havia 26 escolas técnico-profissionais, hoje temos 111; havia apenas em todo o país uma universidade e hoje temos 48 universidades”.

“No sector da saúde, em 1975, o quadro era mais dramático. Na altura da proclamação da independência nacional, havia cerca de 500 unidades sanitárias, em todo o país, mas passados 40 anos, este número triplicou. Em 1975 tínhamos cerca de 100 médicos e hoje temos mais de 1.600 médicos. O número de enfermeiros cresceu de 1.200, em 1975, para cerca de 15.000. A esperança de vida passou de 41 anos, em 1975, para 52 anos, em 2015. Isto, minhas senhoras e meus senhores, não é obra do acaso. É fruto de muito trabalho e de direcção correcta da Frelimo”, elogiou.

A pesar destes avanços, o deputado reconheceu o facto de que o país ter um longo caminho a percorrer, na criação de condições para o bem-estar de todos.

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