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Visita de Estado à África do Sul – Discursos do Presidente da República

Moçambique e África do Sul: reforçando as relações de amizade e solidariedade entre os seus Povos

BANQUETE OFICIAL

Discurso de Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique, no Banquete de Estado, oferecido por Sua Excelência Jacob Zuma, Presidente da Republica da África do Sul, por ocasião da Visita de Estado, a República da África do Sul de 21 a 23 de Outubro de 2015.

Maputo, 21 de Outubro de 2015

Sua Excelência Jacob Zuma, Presidente da República da África do Sul;

Digníssimos Deputados dos Parlamentos da República da África do Sul e da República de Moçambique;

Senhores Membros do Governo da República da África do Sul e da República de Moçambique aqui presentes;

Senhores membros do Corpo Diplomático;

Ilustres convidados;

Minhas Senhoras e Meus Senhores!

Quero em nome da minha delegação e no meu próprio nome manifestar a nossa profunda gratidão pelo honroso convite que nos foi formulado pelo Senhor Presidente Jacob Zuma para realizarmos esta nossa primeira Visita de Estado a Republica da África do Sul.

Queremos por esta ocasião, transmitir calorosos cumprimentos e a mensagem de amizade e solidariedade do Povo Moçambicano e

parte notável residente nesta Pátria, ao Povo irmão da República da África do Sul.

Pretendemos reafirmar a nossa determinação colectiva de continuar a aprofundar os laços históricos de amizade e

cooperação existentes entre os nossos dois países.

Com a visita pretendemos construir relações mais abertas e fraternais que permitam a desconstrução de todo o tipo de obstáculos entre os nossos dois Estados, Governos e seus dirigentes.

Exteriorizamos os nossos agradecimentos pela prestigiante recepção e excelente hospitalidade que temos estado a receber nesta terra onde o Oceano Indico se mistura com o Atlântico.

Ilustres convidados,

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

A nossa presença neste belo País, a Nação Arco-íris sonhada por Oliver Thambo, Govani Mbeki, Walter Sisulu e Nelson Mandela,

entre outros mártires e combatentes anónimos do Umkhonto We Sizwe, alguns ainda vivos, testemunha a nossa firme vontade de continuarmos a eternizar os nossos laços históricos e sócio-culturais.

Estamos a falar de laços que sempre sustentaram a nossa origem e identidade comuns, que inspiraram-nos para lado a lado prosseguirmos a luta pelo progresso e bem-estar como Povos.

Nós somos vizinhos não por um mero acaso geográfico. Desde os primórdios da nossa existência como Povos, somos uma comunidade social entrosada pelos laços de convivência, interacção e interdependência.

A nossa sobrevivência impõe a conjugação de sinergias e esforços na procura secular de soluções conjuntas para os desafios comuns.

É por isso, Senhor Presidente, que com este espírito de profunda simpatia, amizade e desejo sincero de ver reforçadas as nossas relações de cooperação política, económica e social aqui viemos, e acima de tudo,

dispostos a avaliar e redinamizar o intercâmbio bilateral.

Excelência,

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

MENSAGEM DE SAUDACAO AO PR CHISSANO…

A nossa presença tem ainda valor acrescido por termos concretizado uma decisão importante tomada durante a Visita de Estado do Presidente Zuma a Moçambique.

A necessidade de realização da 1ª Sessão da Comissão Binacional, uma plataforma que se afigura preponderante na monitoria, avaliação e dinamização das acções de cooperação bilateral

que temos vindo a implementar, ao mais alto nível.

Estamos confiantes que a Comissão Binacional vai conferir um significado profundo às nossas

excelentes relações de amizade, solidariedade e cooperação.

É nossa prioridade sustentar a nossa relação diplomática e de cooperação dando a musculatura económica necessária.

Por isso, estamos aqui para tornar realidade a diplomacia económica.

Queremos manifestar a nossa satisfação pelo espírito de abertura e de dialogo que caracterizaram os encontros havidos durante esta visita entre as duas delegações.

Essa abertura e a naturalidade dos nossos contactos, tem sido possível graças a simplicidade do irmão Jacob Zuma, Presidente da República da África do Sul e do seu elenco governativo.

Igualmente, vangloriamo-nos pelasconclusões que alcançámos durante as conversações em torno das diversas questões de natureza política, económica e social de interesse comum.

Referimo-nos, por exemplo, de questões ligadas à segurança na fronteira comum, à caça furtiva, à migração ilegal, ao tráfico de pessoas e de órgãos humanos, aos macabros actos de assassinatos de pessoas portadoras do albinismo para fins obscurantistas;

Referimo-nos, a indústria de energia, dos transportes, a segurança marítima, do tratamento condigno dos concidadãos que contribuindo para a economia produzem as suas rendas nos nossos países, entre outras importantes decisões.

Ficou a grande responsabilidade para os nossos executoresredobrarem esforços para garantir que as decisões e recomendações da Comissão Binacional sejam implementadas com celeridade e

produzam resultados tangíveis com impacto na vida dos nossos concidadãos.

Ilustres convidados,

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Na nossa região, o sentimento de pertença à uma mesma comunidade, cuja história foi sempre baseada na solidariedade e partilha das mesmas causas, quer políticas, quer económicas constitui um incentivo para dinamizarmos a nossa integração.

Por isso, reafirmamos que trabalharemos em conjunto na implementação da Agenda da SADC no quadro do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (RISDP) revisto e do Plano Estratégico Indicativo do Órgão (SIPO).

Ao nível do continente Africano, os nossos pontos de vista,

convergem quanto aos principais desafios referentes a paz, estabilidade e progresso, privilegiando a resolução pacífica de conflitos através do diálogo.

Deste modo, reafirmamos o nosso compromisso em relação a operacionalização da arquitectura de paz

e segurança e da Agenda 2063 da União Africana.

Queremos por esse motivo, felicitar a África do Sul por estar a acolher com sucesso o exercício AMANI África, um acto que Moçambique participa com um contingente assinalável e valoriza, e impõe respeito a nossa região e vizinhança, em particular.

Excelências,

Como sempre dissemos, Moçambique está aberto a cooperar cada vez melhor com a República da África do Sul nas áreas

de interesse comum, sobretudo aquelas que podem produzir benefícios mútuos para os nossos dois países e povos.

É nossa esperança que manifestações que ensombram este desiderato sucumbam perante o excelente nível das nossas relações.

Estimados Irmãos,

Minhas Senhoras, Meus Senhores,

Tratando-se da nossa primeira visita desde que passamos a liderar o Povo Moçambicano, queremos deixar anotada a visão da nossa governação.

No Acto da nossa investidura dissemos que representávamos uma nova geração, uma geração que recebia um legado repleto de sucessos, mas também de exaltantes desafios.

Dissemos que queríamos um povo com mais educação e saúde, que participe activamente na tomada de decisões e na formulação de políticas públicas, independentemente de pertencer ou não a um partido político.

Que iríamos liderar um Governo que privilegie a Paz e onde se promove o diálogo acima de disputas domésticas pelo poder. Um Governo que privilegie a solidariedade acima da competição desleal, um Governo que entenda a importância de agir ecologicamente na exploração dos recursos naturais.

Esta visão é a que está no centro das nossas atenções.

Com estas palavras, gostaríamos de terminar agradecendo a Vossa amável atenção e

Convido a todos os presentes para que me acompanhem num brinde:

  À saúde de Sua Excelência o Presidente Jacob Zuma e a sua digna Família;

  Ao reforço das relações históricas de amizade, solidariedade e cooperação entre os Povos e Governos de Moçambique e da África do Sul; e

  À saúde de todos os presentes.

Muito Obrigado!

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