MAPUTO, 30 DE MARÇO DE 2024
CAMARADA FILIPE JACINTO NYUSI, PRESIDENTE DA FRELIMO E
PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
CAMARADAS MEMBROS DA COMISSÃO POLITÍCA
CAMARADA MARIA FERNANDA TEIXEIRA
PREZADA FAMÍLIA TOMÉ
DISTINTOS PRESENTES
No dia 25 de Março corrente deixou de estar entre nós um dos grandes ícones da história recente do nosso País, uma das maiores referências da nossa existência colectiva como povo e como Nação, um dos grandes embondeiros da grande família FRELIMO, o Camarada Manuel Jorge Tomé, Membro da Comissão Política da FRELIMO, vítima de doença.
Nascido a 20 de Novembro de 1952, aqui em Chimoio, desde jovem, o Camarada Manuel Jorge Tomé sempre se destacou pelas suas qualidades de liderança, granjeando-lhe a confiança necessária para desempenhar várias funções, iniciando o seu rico percurso profissional como:
- Professor do ensino primário;
- Professor do ensino secundário e Director do Centro Educacional de Amatongas;
- Chefe da Comissão directiva da Escola Comercial e Industrial Joaquim Marra;
- A sua ardente paixão pelo jornalismo, profissão que abraçou com muita devoção, levou-o a ingressar em Agosto de 1977 nos quadros do Jornal Notícias como Redactor de Terceira, lançando assim a sua longa e frutífera carreira na área de comunicação social onde se notabilizou como:
- Chefe da Redacção no Jornal Notícias, entre 1979 e 1982;
- Secretário Geral da Organização Nacional de Jornalistas (ONJ) no período compreendido entre 1986-1991);
- 1º Vice-Presidente da Organização Internacional de Jornalistas, de 1991 a 1993;
- Presidente da Organização Internacional de Jornalistas, entre 1993 e 1995;
- Presidente Honorário da Organização Internacional de Jornalistas, desde 1995;
- Director Geral da Rádio Moçambique, de 1988 a 1994;
- Membro do Board of Directors, no Centro de Jornalismo da SADC nos Países Nórdicos;
- Presidente do Comité de Peritos para Cultura e Informação da SADC, de 1992 a 1995;
- Presidente da Federação Moçambicana de Natação, 1995 – 2001;
- Membro fundador da Organização Nacional de Jornalistas (ONJ);
- Membro fundador do Comité de Amizade Moçambique- Zimbabwe.
Exímio comunicador e jornalista de mão cheia, o Camarada Manuel Jorge Tomé foi um dos esteios do jornalismo moçambicano, e contribuiu como poucos, para a construção das bases da comunicação social do Moçambique pós-independência.
A nível político, o Camarada Manuel Jorge Tomé notabilizou-se como um mobilizador nato, o que lhe valeu o convite da Direcção da FRELIMO para exercer funções no Departamento de Informação e Propaganda do Comité Central, numa altura em que o País era alvo de agressão armada e de desinformação perpetrada pelas forças hostis à nossa independência.
Mais tarde foi eleito Secretário do Comité Central da FRELIMO para a Mobilização e Propaganda.
Homem de causas, militante de convicções, o Camarada Manuel Jorge Tomé dirigiu o nosso Partido como Secretário Geral e mais tarde como Chefe da nossa Bancada Parlamentar na Assembleia da
República, num período de grandes desafios para a FRELIMO e para o País.
A forma serena mas acutilante, com que lidou com os grandes dossiers da FRELIMO e do País revelou-se a sua imagem de marca, como um dos grandes dirigentes do nosso tempo.
A afabilidade no trato, a forma fácil como se comunicava com todos, a constante preocupação para com os seus colaboradores, deixa em todos, com quantos trabalhou e privou, um sentimento de vazio difícil de preencher.
O desaparecimento físico do Camarada Manuel Jorge Tomé dilacerou os nossos corações e perante o corpo inerte aqui nos curvamos, em sinal de eterno reconhecimento, por tudo quanto fez em vida, pelo Partido e pelo País.
Nossas lágrimas não são suficientes para nos consolar desta arrebatadora dor e consternação.
Nós membros do Comité Central da FRELIMO;
Nós membros da Comissão Política;
Nós membros do Secretariado do Comité Central;
Nós militantes da FRELIMO de todo o País;
Nós membros das Organizações Sociais da FRELIMO;
não encontramos palavras suficientes para exprimir o quanto esta partida sem regresso, abre nas nossas mentes e nas nossas almas, feridas difíceis de cicratizar.
Resta-nos, porém, o consolo de, perante o seu corpo inanimado, reafirmarmos aqui o nosso compromisso de prosseguir o seu legado, trilhando os caminhos do nosso ideário colectivo.
A nossa homenagem ao Camarada Manuel Jorge Tomé, a nossa maior honra, será prosseguirmos juntos a sua grande paixão: servir com lealdade a nossa Pátria; servir com integridade o nosso Povo. À camarada Maria Fernanda Teixeira, aos filhos e à toda família Tomé, vai toda a nossa solidariedade, e o carinho do nosso Partido.
Temos consciência de que nada poderá suplantar a vossa dor, neste infortúnio. Estamos convosco.
Aos homens de grande dimensão humana, elevada estrutura intelectual e sólida estatura política, que pelas suas qualidades ímpares, se erguem à dimensão da Nação, como o Camarada Manuel Jorge Tomé, não se chora a sua partida eterna. Celebra-se a sua presença permanente nas nossas vidas.
Até sempre Camarada Membro da Comissão Política!
Até sempre Manuel Jorge Tomé!
Que nesta derradeira despedida, Deus o tenha em eterno descanso!
Chimoio, aos 30 de Março de 2024
