Ninguém ganhará quaisquer guerras no mundo enquanto houver perda de vidas humanas como resultado de conflitos armados, independentemente das desculpas que qualquer uma das partes vier a apresentar.
Esta é a tónica da intervenção do Presidente da República, Filipe Nyusi, na sua intervenção ontem na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, no debate aberto sobre a protecção de civis em zonas de conflito. Neste contexto, o Chefe do Estado chamou à colação a tese que Moçambique tem vindo a defender, nomeadamente a indispensabilidade do diálogo como caminho para superar diferendos, não só inter-Estados, como também a nível doméstico.
Aliás, no que a Moçambique diz respeito, Filipe Nyusi citou como exemplo de sucesso do diálogo os progressos em curso no âmbito da criação de um ambiente de paz duradoura no país que culminará com o encerramento, em Junho, da última das 16 antigas bases da Renamo. Nyusi, que foi um dos con-vidados do Presidente da Confederação Suíça, Alain Berset, cujo país assume actualmente a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), partilhou os caminhos que Moçambique tem vindo a trilhar no contexto da protecção de civis em Cabo Delgado, que desde Outubro de 2017 é assolado pelo terrorismo, com um saldo de milhares de mortos, incluindo crianças e mulheres.
